sábado, 5 de setembro de 2009

Reforma Agrária

"Quanto à reforma agrária, já perdemos a melhor época de realizá-la racionalmente em grande parte do Estado, será necessário que se estimulem , por meios diretos e indiretos, a melhor partilha para seu melhor uso.Para tanto, porém, recusamo-nos a apoiar a campanha demagógica do governo federal, que inscreveu o assunto em todo o país como tema da agitação política, sem preocupação fundamental com o problema. Os núcleos coloniais do governo, instalados geralmente em terras próprias ou que lhe custaram nada ou pouco, são atestados da incapacidade colonizadora do poder público em nosso meio.Como poderíamos acreditar que ele fosse capaz de fazer o mais, isto é, desapropriar e redistribuir a propriedade rural em massa, assumindo compromissos financeiros e técnicos sem conta, inclusive de assistência específica aos novos e despreparados empresários?Estamos no Brasil ainda numa fase pioneira, e à iniciativa privada cabem os grandes gastos e os grandes riscos. Será preciso orientá-la, nunca manietá-la e esmorecê-la, como a SUPRA está fazendo no momento em relação à agricultura:apenas inquieta, sem nada resolver, e por onde vamos , os juros das pequenas safras serão a coleta da inconsequente política agrária que se trombeteia nos círculos federais. Dentro da atual Constituição , e aparelhando-se suficientemente, os nossos serviços de crédito e de assistência técnica, a reforma agrária virá com uma fatalidade, no sentido de interessar cada vez o maior número de lavradores e de melhorar os índices de produtividade e de bem estar no campo."

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