sábado, 31 de outubro de 2009

Não passa de hoje à noite

Ainda não consegui postar nada, mas não passa de hoje à noite. Tanto a quinta quanto a sexta foram muito movimentadas. Na sexta, por exemplo, estivemos no período da manhã na inauguração do moinho de trigo da Corol, à tarde recebemos o secretário estadual da agricultura Walter Bianchini na Rural para o lançamento da campanha de vacinação contra febre aftosa e à noite ainda jantamos com o Ministro da Agricultura Reinhold Stephanes. Assunto é que não falta.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Quinta sem postagens

Esta quinta, dificilmente poderei postar. Passo o dia todo fora de Londrina, ou viajando , ou em reunião. O bom é que sexta-feira o que não vai faltar será assunto.

Barraca univeritária

Desde 2007 não existe barraca universitáriaa na ExpoLondrina. Entretanto, hoje recebemos os empresários responsáveis pela barraca universitária da expoingá. Lá, a tal da Barraca Universitária é, na verdade, uma casa de shows sertanejos, elitizada, dentro da exposição. Ingressos caros e artistas em início de sucesso. Para se ter uma idéia , em 2007 até a dupla Vitor e Léo já tocou por lá. Ficaram de apresentar uma proposta para participarem da ExpoLondrina, com um formato adequado à realidade de nossa exposição, que optou já há algum tempo por um entretenimento saudável e preferencialmente familiar . Até na seleção dos artistas temos tido este cuidado. Esse negócio de artista que faz apologia à droga de forma dissimulada ou que tenha uma postura que estimule a agressividade pode fazer o sucesso que for, na ExpoLondrina não encontra palco para tocar não.

Andrea, Benê e Raquel

As jornalistas Andrea e Benê (Alea Comunicação) e a Raquel Rodrigues estiveram reunidas na Rural planejando um importante evento do jornalismo especializado para a Expô 2010. Não vou sair por aí detalhando o assunto até porque as assessoras de imprensa são elas e , logicamente, sabem muito melhor do que eu como esta comunicação deve ser feita.

Narciso e os Índios

O Narciso Picinati, presidente do Sindicato Rural de Londrina, esteve hoje à tarde na Rural. Conversamos sobre a reunião que participou em Brasília com a Funai relativa à demarcação de áreas indígenas na região de Umuarama e sobre as discussões travadas em Tamarana. Existem duas fazendas ao menos parcialmente invadidas no município de Tamarana. Os deputados federais Alex Canziani (PTB) e André Vargas (PT) acompanharam os produtores de Tamarana na reunião.Osmar Serraglio(PMDB) e Moacir Micheleto (PMDB) também representavam o estado durante o debate. Segundo o Narciso, o Hauly não pode ir porque estava viajando oficialmente.Preocupado, Picinati não gostou da postura da Funai durante o encontro.

José Faraco, Delfin Neto e Rudolf Diesel

O amigo José Faraco enviou mensagem informando que o autor da frase "A idade da pedra não acabou por falta de pedra, a idade do petróleo não irá acabar por falta de petróleo", citada por Delfin Neto foi o grande cientista Rudolf Diesel, em 1911, o inventor do motor que leva seu nome. Segundo Faraco, já naquela época, Diesel previa que o petróleo seria de grande valia, porém ,seria em algum momento substituído por um combustível renovável, o biocombustível, por exemplo.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Associação

A Tatiana contou-me que em breve este grupo poderá transformar-se em associação, congregando produtoras agropecuárias , ampliando o número de participantes. O objetivo é unir um grupo que tem óbvias afinidades oriundas do fato de serem produtoras rurais mulheres.

Tatiana Cirino

Hoje, recebi a Tatiana Cirino. Produtora rural, nossa sócia , ela lidera um grupo de produtoras conhecidas como "Empreendedoras Rurais de Londrina". Têm um blog, inclusive, linkado conosco.

Boa conversa

Aproveitamos para conversar sobre outros assuntos: meio-ambiente, índices de produtividade e ações em conjunto entre a futura associação e a Rural. Tenho certeza que algumas de nossas sócias irão integrar-se à esta futura associação .

Por falar em tango..

Quem se lembra da montagem da peça "Toda Nudez será Castigada"do Nelson Rodrigues pelo Grupo Delta de Teatro, dirigida pelo professor Apolo e trilha sonora do grande Astor Piazzolla? Super bacana.

Tango argentino

Talvez não haja nada mais tradicional na Argentina do que sua música, sua dança: o tango. Representa internacionalmente o país vizinho de forma emblemática. Além do tango, apenas a pecuária argentina talvez tenha tanta força de representação. Quem nunca ouviu falar da carne argentina?

Tradição argentina na Rural

Hoje à noite, toda a tradição da pecuária argentina poderá ser vista na quarta edição do Leilão Eldourado. No comando, Miguel Barbeiro, pecuarista e médico binacional, com atividades tanto na Argentina quanto no Brasil. A oferta de bovinos de altíssima qualidade é uma boa mostra das tradições pecuárias argentinas, baseada em boa genética e práticas de manejo reconhecidas mundialmente.

Quem não foi, perdeu.

Foi muito boa a audiência pública do Pré-Sal. Pudemos acompanhar uma apresentação especialmente didática feita pelo engenheiro Daniel Machado. Explicou à platéia desde a origem geológica deste petróleo até os mecanismos de capitalização da Petrobrás . Tanto o Ministro Paulo Bernardo quanto o deputado André Vargas fizeram também suas apresentações de maneira clara e objetiva. Após, os presentes puderam questionar diretamente aos componentes da mesa que responderam a todas as perguntas sem rodeios.

Matriz energética.

Antecipando à preocupação de muitos ambientalistas e produtores de matéria prima para biocombustíveis predominantemente, tanto o ministro Paulo Bernardo quanto o deputado André Vargas afirmaram que o Pré-sal não comprometerá o perfil limpo, diversificado e exemplar de nossa matriz energética, mesmo diante da dimensão fantástica das reservas do Pré-sal.

A briga será das boas.

Ficou evidente que o debate no congresso será quente. O Governo apresentou uma proposta na direção oposta de tudo o que atualmente se pratica na exploração de petróleo no Brasil. Mudança no regime de exploração de concessão para partilha , a criação da Petro-Sal, a gestão e a destinação dos recursos do Fundo Social e a capitalização da Petrobrás serão objeto de discussões motivadas por interesses econômicos gigantescos. Como tempero adicional, a disputa política pura e simples e fundamentos ideológicos. Na minha opinião, será determinante para os rumos que o país tomará a partir de então. O marco regulatório do Pré-sal servirá de referência para muitas outras intervenções legislativas nos mais variados setores.

Fundo Social financiará pesquisa sobre energias renováveis.

Ambos também afirmaram que parte dos dividendos oriundos do Fundo Social será destinada para a pesquisa científica no setor de energia renovável. Era isso que queríamos ouvir nesta audiência pública. Vamos , através da Sociedade Rural do Paraná, solicitar aos parlamentares que seja definido um percentual mínimo obrigatório para esta finalidade, explicitando-se a parte que caberá aos biocombustíveis em geral.

Ser situação não é fácil.

Não deve ser fácil ser poder. Imagine só, defender um mega projeto em torno de exploração de fonte energética de origem fóssil, em pleno século XXI, realmente não é o caminho mais fácil para se trilhar.O discurso da opção radical pela energia renovável é muito mais simpático e amigável aos ouvidos dos eleitores, mesmo considerando o papel fundamental que os combustíveis de origem fóssil ainda irão ocupar no planeta e no Brasil.

Ser situação é complicado.

Isso sem falar na desconfiança que gera em produtores agrícolas que já viram há alguns anos um programa inteiro de Etanol ser abandonado em função da oferta de petróleo barato.
Defender petróleo em regiões agrícolas como o Paraná, grande produtor de soja para biodiesel e cana-de-açucar para etanol, também não é fácil. É como defender um mega plano em energias renováveis em Macaé, estado do Rio, cidade que nada de braçadas com os royalties do petróleo.

“Alguém disse que a Idade da Pedra não acabou por falta de pedra. A Idade do Petróleo também não vai acabar por falta de petróleo.” ( Delfin Neto)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Vamos participar

Pretendemos participar do evento amanhã, afinal , foram mudanças no cenário mundial do Petróleo que criaram o programa do Pró-Alcool, em 1975 , e também o sepultaram algum tempo depois. Esperamos que o Pré-sal não substitua o espetacular programa de biocombustíveis brasileiro , responsável direto pelo perfil “limpo” de nossa matriz energética e com uma importância econômica e social gigantesca.

Audiência Pública do Pré-Sal é segunda-feira

A audiência pública que deverá debater o marco regulatório da exploração do pré-sal será segunda feira, as 19:00h, no Marista. Contará coma participação do Ministro do Planejamento Paulo Bernardo, do deputado federal André Vargas além do engenheiro Daniel Cleverson Machado, representando a Petrobrás.

O que é o Pré- Sal?

Bem, para participarmos, fizemos a lição de casa... O Pré-Sal, quem diria, está “após” a camada de sal subterrâneo no fundo do mar. Estamos falando de reservatórios de petróleo e gás natural a profundidades de 5000 a 7000 metros , sob uma lâmina de água que pode chegar a 2000 metros.

Importância econômica e estratégica do Pré-Sal

A produção mundial do petróleo em 2008 foi de 86 milhões de barris. A expectativa é de , excluindo-se qualquer nova descoberta, a produção decaia para 31 milhões de barris até 2030 enquanto a demanda estimada será de 106 milhões de barris por dia. Daí dás para se ter uma idéia da importância destas reservas.

Pré Sal, dimensão.

A área da “província do Pré-Sal” é de 149 000 Km2 , no mar, e não indica um reservatório único , mas uma área de ocorrência de reservatórios. As três reservas já identificadas são a de Tupi (5 a 8 bilhões de barris) , a de Iara (3 a 4 bilhões ) e Parque das Baleias.

Sistema de Partilha

O marco regulatório de pré-sal prevê sua exploração através do sistema de partilha. Atualmente, nossas reservas são exploradas através do sistema de concessão. As diferenças básicas entre um e outro sistema são que enquanto na concessão o petróleo produzido pertence à concessionária e o concedente fica com as receitas oriundas do bônus de assinatura, royalties, participações especiais e outros pagamentos por ocupação de área; na partilha o poder concedente fica com uma parte do petróleo produzido , descontados os custos de pesquisa exploratória e de desenvolvimento de produção. Tem muito mais coisa além disso, claro , mas muito resumidamente é isso aí.

Petrobrás operadora

Pelo que entendi, a Petrobrás seria o “Operador” exclusivo responsável pelas atividades de exploração e produção, tendo acesso à informação estratégica, controlando custos sobre a produção e desenvolvendo tecnologia. Caberia ao operador a participação obrigatória com pelo menos 30% do bloco.Além disso a Petrobrás poderia ser contratada diretamente pela União para produzir no Pré-Sal.

Novo Fundo Social: aí que a gente quer participar.

Nós e a torcida inteira do Corinthians e do Flamengo. A criação da NFS tem como objetivo proporcionar uma fonte regular de recursos oriundos do Pré-Sal para algumas atividades prioritárias: combate à pobreza, qualificar a educação e financiar a inovação científica e tecnológica. Este último item, poderia muito bem ter uma parte destinada especificamente para a pesquisa e desenvolvimento de tecnologias ligadas ao biocombustível.

Nova Empresa Pública

O marco regulatório tem discussão também sinaliza para a criação de uma nova empresa pública, NEP. A ela caberia a representar a União nos consórcios e comitês operacionais que deverão ser criados para gerir contratos de partilha. O objetivo principal seria acompanhar diretamente todas as atividades na área de exploração e produção , em especial o custo de produção do óleo.

Liderança tecnológica em biocombustíveis

O Brasil detém a liderança tecnológica no setor de biocombustíveis , mas diversos países estão investindo pesadamente em pesquisas no setor, colocando em risco nossa liderança. A destinação de recursos do NFS para este fim poderia criar uma ação de sinergia entre o Pré-Sal e o setor de biocombustíveis, conciliando interesses econômicos , sociais e ambientais, mantendo o perfil de nossa matriz energética absolutamente contemporânea.

Fonte de recursos do NFS

Seriam três as fontes de recursos deste fundo: resultados da partilha da produção que caberiam à União; Bônus de assinaturas de contrato de partilha e Royalties provenientes de contratos de partilha. Quem irá administrar este fundo? Sob que regras? Isto tudo tem que estar previsto no marco regulatório.

Proálcool

Em 1975, o governo brasileiro criou o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), que diversificou a atuação da indústria açucareira com grandes investimentos apoiados pelo Banco Mundial, possibilitando a ampliação da área plantada com cana-de-açúcar e a implantação de destilarias de etanol. A experiência serviu como alternativa para diminuir a vulnerabilidade energética do País, devido à crise mundial do petróleo

Fim da crise do petróleo e do Próalcool

Desde 1986, a redução do impacto da crise do petróleo e os planos econômicos internos para combater a inflação estimularam uma curva descendente na produção de carros a etanol, que culminou com a crise de abastecimento de 1989. Com isso, a participação anual dos veículos a etanol caiu para 1,02% na frota nacional, em 2001.

Indústria nacional

O desenvolvimento da engenharia nacional, após o segundo choque do petróleo, em 1979, permitiu o surgimento de motores especialmente desenvolvidos para funcionar com etanol hidratado. Em 1984, os carros a etanol passaram a responder por 94,4% da produção das montadoras instaladas no Brasil.

Carro flex

Em março de 2003, foi lançado o carro Flex-Fuel, movido a etanol, gasolina ou com qualquer mistura entre os dois, iniciando uma nova onda de crescimento do setor. Além disso, o aumento da preocupação com a disponibilidade e preço dos combustíveis fósseis e as preocupações com o meio-ambiente e o aquecimento global têm tornado o etanol uma alternativa renovável de combustível para o Brasil e o mundo.

Flex: etanol puro ou com gasolina

A queda da demanda do etanol hidratado foi compensada pelo maior uso do anidro (sem água) misturado à gasolina, o que acompanhou o crescimento da frota brasileira de veículos leves. Em mais de 25 anos de história de utilização do etanol em larga escala, o Brasil desenvolveu tecnologia de motores e logística sem precedentes no mundo, com uma rede de mais de 28 mil postos com bombas de etanol hidratado.

Cultivo da cana hoje

A cana ocupa cerca de 7 milhões de hectares ou cerca de 2% de toda a terra arável do País, que é o maior produtor mundial, seguido por Índia, Tailândia e Austrália. As regiões de cultivo são Sudeste, Centro-Oeste, Sul e Nordeste, permitindo duas safras por ano. Portanto, durante todo o ano o Brasil produz açúcar e etanol para os mercados interno e externo.

Modernização do mercado

Para gerenciar e equilibrar produção e demandas setoriais, a iniciativa privada tem procurado criar instrumentos de mercado, como operações futuras, e desenvolver novas oportunidades para o açúcar e etanol, por meio da queda das barreiras protecionistas e do empenho em transformar o etanol numa ‘commodity’ ambiental.

Fim da regulamentação

Com o fim da regulamentação governamental, iniciou-se o regime de livre mercado, sem subsídios, com os preços do açúcar e etanol passando a ser definidos conforme as oscilações de oferta e demanda. Assim, os preços da cana passaram a depender de sua qualidade e da sua participação percentual nos produtos finais.

Importância econômica

Ao falarmos de cana-de-açucar estamos falando de algo em torno de 7,5% do PIB brasileiro.O Brasil é o maior produtor mundial, produz mais de 500 milhões de toneladas anualmente, um negócio de aproximadamente 25 bilhões de reais.O Paraná produz aproximadamente 45 milhões de toneladas. Estima-se que para cada milhão de tonelada produzida haja a criação de 2000 empregos diretos.

Delfin Neto em 29/09/2009

"O Brasil tem hoje uma posição tecnológica privilegiada com o pré-sal e com o etanol de primeira geração. Poucos países têm condições tão favoráveis para acelerar o seu desenvolvimento com equilíbrio interno e externo e matriz energética adequada como o Brasil" Antonio Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento, em artigo publicado no Valor Econômico.

Outros biocombustíveis

O biodiesel de soja, pinhão manso, dendê, mamona e tantas outras oleaginosas ainda precisam de muito desenvolvimento tecnológico para , além de fazerem parte de nosso diesel comercial através das misturas oficiais, tornarem-se cada vez mais competitivos sob o ponto de vista econômico. Isto somente será possível havendo investimento em pesquisa e tecnologia.

Carlos Minc em 17/09/2009

"É para deixar bem claro que o álcool polui menos que a gasolina e o álcool não emite nada de CO2 porque o seu ciclo completo neutraliza completamente o CO2”. Frase de Carlos Minc, Ministro do Meio Ambiente, referindo-se a um levantamento divulgado por seu ministério que leva à conclusão que carros movidos a etanol poluem tanto ou mais do que os movidos a gasolina.

Adriano Pires em 01/09/2009

“É necessário cuidado com o pré-sal para que não mude a direção dos programas de energia renovável e se acabe sujando nossa matriz energética.” Declaração de Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE) e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado Federal, realizada em 31 de agosto de 2009.

Delfin Neto em 11/09/2009

“Estamos correndo o risco de ficar no Século XX. Alguém disse que a Idade da Pedra não acabou por falta de pedra. A Idade do Petróleo também não vai acabar por falta de petróleo." Antonio Delfim Netto, Deputado Federal e ex-Ministro da Fazenda, sobre a regulação para exploração do pré-sal, na coluna de Cláudia Safatle no jornal Valor Econômico.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Olha a previsão do tempo para o fim-de-semana. É do INPE

Região Sul
24/10/2009:
No sul e no sudoeste do RS: nublado com chuva pela manhã passando a sol com variação de nuvens. No centro-oeste do RS, de SC e no noroeste do PR: possíveis temporais. No centro e no noroeste do PR, no nordeste do RS e no sudeste de SC: sol com variação de nuvens e pancadas de chuva à tarde. No leste de SC: sol com variação de nuvens e pancadas de chuva à noite. Nas demais áreas do PR: sol entre poucas nuvens. As temperaturas máximas estarão em declínio no RS. Temperatura máxima: 32C no norte do PR. Temperatura mínima: 10C no sul do RS.

25/10/2009:
No litoral norte do RS e no litoral sul de SC: nublado com chuva a qualquer hora. No sul e no sudoeste do RS: sol com nebulosidade variável e uma pequena possibilidade de pancadas de chuva. No centro e no noroeste do RS: sol com variação de nuvens. No leste do PR: sol com variação de nuvens e pancadas isoladas de chuva à tarde. Nas demais áreas do PR: nublado com pancadas de chuva a qualquer hora do dia. Nas demais áreas da Região: tempo instável com variação de nuvens e chuva a qualquer hora do dia. As temperaturas estarão baixas na Região.

Tendência:
No litoral norte de SC e no leste do PR: nublado com chuva a qualquer hora do dia. No leste de SC: tempo instável com variação de nuvens e chuva a qualquer hora do dia. No norte do PR: sol com variação de nuvens e pancadas isoladas. No centro-oeste do RS: sol entre poucas nuvens. Nas demais áreas da Região: sol com variação de nuvens. As temperaturas máximas estarão em elevação. Nos próximos dois dias haverá sol entre poucas nuvens na maior parte da Região Sul.
Atualizado 23/10/2009 - 18h16

Nova planta industrial

Hoje fiquei sabendo que mais uma indústria será instalada em Londrina. Gente que trabalha quieto, mas sempre. Mais não posso falar, vai que atrapalha...

Exemplos

O Antônio citou-me vários exemplos, entre eles a prática da diferenciação de preços entre pequenos e grandes fornecedores da produção agropecuária às cooperativas. Neste caso , com privilégios aos grandes produtores o que ele considera injusto.

Antônio Tucundura de Campos

Ontem conversei com seu Antônio. Produtor de leite em Londrina e Grandes Rios, manifestou seu descontentamento com as práticas das cooperativas em geral. Segundo ele, o princípio do cooperativismo está sendo deixado de lado , sendo substituído pela lógica empresarial comum.

Fim em si mesmo

O cooperativismo, o associativismo e tantas outras formas de trabalho conjunto, com muita facilidade subvertem sua função original de servir ao seu associado, focando sua atuação em seu próprio crescimento, cobrando de seus integrantes um alto preço para tal. A própria Sociedade Rural precisa policiar-se pois, motivada pela obsessão administrativa, pode facilmente deixar de servir a seu associado, passando a servir-se de nós mesmos. Temos sempre que ficar atentos.

Paulo Ubiratan

Hoje, o jornalista Paulo Ubiratan em seu comentário na Rádio CBN manifestou sua descrença na possibilidade do Brasil tornar-se auto-suficiente na produção do trigo. Mais do que isso, acha mais razoável adquirirmos trigo de quem bem o produz a continuarmos a produzi-lo, sempre necessitando de apoio do Governo.

“Trigo papel”

Gaúcho, Paulo Ubiratan conhece os problemas do trigo desde há muito tempo. Relatou a existência , lá no Rio Grande do Sul,de um tal de “trigo papel”. Tratava-se de uma fraude que se praticava nas terras gaúchas onde se contratava empréstimos subsidiados para a produção mas, na verdade, aqueles recursos eram utilizados para enriquecimento ilícito. Isso é lembrança de sua juventude, bem entendido.

Seleção de variedades

Na minha opinião, a nossa independência na produção de trigo poderá ser atingida apenas através da seleção de variedades adaptadas a outras regiões brasileiras: atualmente, 90% do trigo brasileiro é produzido na região sul . Dessa maneira, não teríamos problemas de armazenagem e nem mesmo de escoamento , pois haveria produção em diversas regiões e safras em um período de tempo maior ao longo do ano. Enquanto isto não ocorrer, nossa autonomia na produção do trigo será sempre dependente de apoio direto do governo federal. Traduzindo ao pé da letra: subsídio.

Discurso liberal?

Ou pragmático? A opção pela aquisição em detrimento da produção própria subsidiada segue a uma lógica capitalista , mas vindo do meu amigo Paulo Ubiratan, não há dúvida que esta posição está lastreada pelo pragmatismo característico de quem já ouviu e viu muita coisa à respeito deste tal trigo brasileiro.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Previsão do INPE para a região sul

23/10/2009:
No noroeste do PR: sol com nebulosidade variável e pancadas de chuva. No leste do PR e de SC: nublado Nas demais áreas da Região: sol entre poucas nuvens. As temperaturas estarão estáveis. Temperatura máxima: 30C no oeste do RS. Temperatura mínima: 10C no sul do RS.
24/10/2009:
No leste e nordeste do PR: sol com nebulosidade variável e pancadas de chuva a partir da tarde. No sul do RS: nublado com chuva pela manhã. Nas demais áreas da Região: nublado com pancadas de chuva a qualquer hora do dia e localmente forte. As temperaturas estarão em declínio no RS e em SC.
Tendência:
No leste do PR e de SC: nublado com chuva. No interior leste do PR, no norte, centro e sul de SC e no leste do RS: nublado com chuva de forma isolada. No norte do RS, no oeste de SC e no centro-oeste do PR: sol com nebulosidade variável com pancadas de chuva. No centro-sul e oeste do RS: nublado. As temperaturas estarão em declínio no PR.
Atualizado 22/10/2009

Governo vai apoiar comercialização com leilões semanais

Em função das chuvas, praticamente um terço da safra de trigo deve ser perdida no Paraná. Do que sobrou, em torno de 30% está sendo colhido como triguilho, que poderá ser destinado para ração e compete com o mercado do milho. Além disso, há um volume considerável de trigo de boa qualidade ainda não comercializado e estocado no País desde o ano passado e o preço pago ao produtor está muito abaixo do custo de produção e da Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM) do governo federal.Esses foram alguns dos problemas apresentados pelo produtor paranaense Ivo Carlos Arnt Filho, representando a CNA, durante audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da Câmara dos Deputados, na última quarta-feira (21).

Pedro Loyola

Pedro Loyola , Coordenador do Departamento Técnico e Econômico DTE / FAEP enviou-me uma série de informações à respeito das ações do MAPA em relação ao trigo.Estão todas postadas na sequência. O título de seu informe é auto-explicativo: “Medidas para salvar o que sobrou do trigo”

As três linhas que já comentamos aqui

Durante a audiência, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse que o governo está trabalhando em três linhas para garantir o abastecimento interno e os preços do trigo no Brasil: suspender a licença de importação automática da Argentina, aumentar a alíquota de importação de trigo de países que não integram o Mercosul de 10% para 35% e apoiar a comercialização do produto.

Indústria

Reinhold Stephanes reclamou da falta de boa vontade da indústria do trigo com o produtor nacional. 'A cadeia produtiva do trigo não funciona como um time, como deveria funcionar', disse. O ministro pediu transparência para a indústria moageira quanto ao trigo estocado. O ministro também mencionou que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estuda uma nova classificação para o trigo no Brasil, obedecendo a padrões internacionais.

Apoio à comercialização

Essa medida tem o propósito de sustentar a diferença entre o preço mínimo e o preço de mercado, conforme a classificação do trigo. O governo apoiará a comercialização em 12 leilões semanais (oito em 2009 e quatro em 2010). Como os armazéns estão lotados com milho e trigo não haverá Aquisições do Governo Federal (AGF), somente Prêmio de Escoamento de Produto (PEP).O primeiro leilão de PEP será de 182 mil toneladas e está previsto para 29 de outubro. Para o Paraná, nesse primeiro leilão, serão 160 mil toneladas em duas modalidades: 80 mil toneladas para escoar a produção para o norte e nordeste e 80 mil toneladas para qualquer destino nacional, inclusive para o próprio Estado. Em novembro está previsto outro leilão de apoio à comercialização para 314 mil toneladas de trigo.

Recomendações ao produtor

Os leilões de PEP do trigo da Conab serão divulgados para os sindicatos e produtores no site da FAEP http://www.faep.com.br/ Esses leilões visam o escoamento da produção com o apoio à comercialização e pagamento do preço mínimo conforme a classificação do trigo. O produtor deve ficar atento aos editais da Conab e procurar sua cooperativa ou cerealista para participar dos leilões. No caso do produtor não conseguir negociar o trigo ou encontrar dificuldades de pagar o custeio devido à comercialização ou problemas climáticos, deve protocolar pedido de prorrogação da operação no agente financeiro antes do vencimento da parcela .

Brasil corta licenças para importados da Argentina

Segundo o Jornal Valor Econômico, o governo brasileiro pôs fim à licença automática de importação para farinha de trigo, pré-mistura de trigo, vinhos, alho, azeite, azeitonas, alguns itens alimentares e rações animais produzidos pela Argentina. Após a decisão, houve uma revolução no clima para a próxima reunião bilateral de alto nível que vai ocorrer em novembro, no Brasil. Há quase um ano, a Argentina decidiu tornar não automáticas várias licenças de importação de produtos brasileiros sob a alegação de proteção à indústria local. A produção de bens da Argentina não aumentou e sim o de itens vendidos por terceiros países naquele mercado.

Lista atualizada segundo o blog Faca amolada

Aqui está a lista atualizada dos parlamentares paranaenses que assinaram o requerimento de criação da comissão parlamentar de inquérito destinada a investigar repasses federais para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra:

SENADORES:

ALVARO DIAS (PSDB)e
OSMAR DIAS (PDT)

DEPUTADOS FEDERAIS:

ABELARDO LUPION (DEM);
ALCENI GUERRA (DEM);
EDUARDO SCIARRA (DEM);
LUIZ CARLOS SETIM (DEM);
ANDRE ZACHAROW (PMDB);
MOACIR MICHELETTO (PMDB);
OSMAR SERRAGLIO (PMDB);
DILCEU SPERAFICO (PP);
CEZAR SILVESTRI (PPS);
RATINHO JUNIOR (PSC);
TAKAYAMA (PSC);
AFFONSO CAMARGO (PSDB);
ALFREDO KAEFER (PSDB);
GUSTAVO FRUET (PSDB) e
LUIZ CARLOS HAULY (PSDB)

Osmar Dias assinou a lista para a abertura da CPMI do MST

O senador Osmar Dias (PDT) informou-me pessoalmente, através de contato telefônico, que ainda ontem assinou a lista para a abertura da CPMI do MST. Esta segunda tentativa de abertura desta CPMI contou com a retirada em massa de assinaturas pouco antes da meia noite de ontem , quando encerraria o prazo para determinar a quantidade final de assinaturas. Entretanto, havia ainda um grupo de parlamentares dispostos a assinar o documento antes do prazo final. Tal situação viabilizou a contabilização do número mínimo de assinaturas necessárias para a abertura da CPMI. Assim que tivermos em mãos a lista final dos deputados e senadores do Paraná que assinaram a lista e , inclusive, daqueles que porventura tenham retirado suas assinaturas, a divulgaremos aos sócios da Sociedade Rural do Paraná.

Efraim Rodrigues

Conversei rapidamente por telefone com o Efraim Rodrigues solicitando a ele autorização para postar o texto "Temos Tornado" aqui neste blog. O Efrain é referência no assunto e, além disso, escreve bem. Sem falar na formação acadêmica e profissional: Efraim Rodrigues, Ph.D. é Doutor pela Universidade de Harvard, Professor Associado de Recursos Naturais da Universidade Estadual de Londrina, consultor do programa FODEPAL da FAO-ONU, autor dos livros Biologia da Conservação e Histórias Impublicáveis sobre trabalhos acadêmicos e seus autores. Nos fins de semana ajuda escolas do Vale do Paraíba-SP, Brasília-DF, Curitiba e Londrina-PR a transformar lixo de cozinha em adubo orgânico e a coletar água da chuva.

Temos tornado



As cidades brasileiras antes tinham garoa. São Paulo da garoa, o “fog” londrino de Londrina...Nesta semana vimos fotos de Cascavel-PR mostrando que temos tornado os tornados mais freqüentes. Santa Catarina foi atingida há alguns anos e também em 2009.
Quanto às causas, no momento temos um revólver fumegante e um suspeito, que são a falta de florestas e a conseqüente falta de reposição da umidade na atmosfera, além de permitir que a radiação solar aqueça o solo sem obstrução. As árvores seguram o vento também diretamente, por atrito mesmo, mas isto tudo em termos científicos não é suficiente. A ciência precisa da digital do suspeito no revólver, uma foto, uma testemunha. Enfim, querem a prova conclusiva, o que neste caso é um erro.
A prova conclusiva é necessária quando ela define uma medida sem retorno, a pena de morte por exemplo. Quando a decisão a ser tomada é benéfica por tantos outros motivos, (alguns deles urgentes) então uma prova circunstancial é suficiente.
A prova circunstancial é que uma única árvore evapotranspira algumas centenas de litros de água por dia. De cada 20 ha de Mata Atlântica de antes hoje só sobra um, dezenove foram cortados. Isto para mim é prova suficiente para ação.
Nesta semana também vimos as fotos da tempestade de areia em Ribeirão Preto. Areia vermelha, seca, levantada alta pelo vento como em um deserto. Nenhuma novidade, ao contrário, elas se parecem com o Meio Oeste norte-americano dos anos 20, se parecem com o Oeste do Rio Grande do Sul e com o Iraque que está agora todo empoeirado de agora, mas que já foi o celeiro de grãos do mundo.
Conseguimos criar alguns desertos e ampliar os já existentes, o que mostra nossa capacidade de mudar o clima. Temos inclusive a capacidade de mudar o clima para melhor como nos ensinam algumas populações semi-tribais do Níger às margens do deserto do Saara onde o plantio generalizado de árvores melhorou o clima. Estamos 2000 anos à frente deles em tecnologia e 2000 anos atrás em resultados.
Nesta semana o governo brasileiro esteve se digladiando por causa de uma meta de liberação de carbono para Copenhagen, e não comentei sobre este tema ainda hermético porque ele não interessa. Exatamente por ninguém se importar com ele, tanto faz 350, 320 ou 400 ppm. Se nem meus alunos universitários sabem isto direito, quantos votos podem ter atrás disto ? Sem votos não haverá fiscalização destas metas. Deixemos o governo cuspir qualquer número bonito que lhe venha a cabeça porque tanto faz.


Efraim Rodrigues

Previsão de tempo do INPE

Região Sul
22/10/2009: No leste e norte do RS, e no oeste de SC: sol com variação de nuvens. No norte do PR: nublado com pancadas de chuva localmente forte a qualquer hora do dia. Nas demais áreas do RS: sol entre poucas nuvens. Nas demais áreas do PR: sol com variação de nuvens e pancadas isoladas de chuva. Nas demais áreas de SC: sol com nebulosidade variável e uma pequena possibilidade de pancadas isoladas à tarde. As temperaturas estarão estáveis. Temperatura máxima: 30C no sudoeste do RS. Temperatura mínima: 10C no sul do RS.
23/10/2009: No noroeste do RS, no oeste de SC e no sudoeste do PR: sol com nebulosidade variável e uma pequena possibilidade de pancadas de chuva. Nas demais áreas da Região: sol entre poucas nuvens. As temperaturas máximas estarão elevadas.
Tendência: No centro-sul do RS: nublado com chuva a qualquer hora do dia. No nordeste do PR: sol entre poucas nuvens. No noroeste, centro e leste do PR: sol com nebulosidade variável e uma pequena possibilidade de pancadas de chuva. Nas demais áreas da Região: sol com variação de nuvens e pancadas isoladas de chuva. As temperaturas estarão elevadas na Região. No domingo haverá condição de pancadas de chuva isoladas de chuva em grande parte da Região. Na segunda-feira haverá sol entre poucas nuvens em todos os Estados da Região.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O Ministro também concorda: a culpa é da chuva

O clima foi o grande responsável pela queda da produtividade e da qualidade do trigo brasileiro, especialmente do sul do País, na opinião do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. A afirmação foi feita durante a audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (21), que reuniu representantes de governo, indústria, produtores, instituições financeiras e cooperativas. “O excesso de chuva na hora da colheita e da maturação, em determinadas regiões, gerou o aparecimento de doenças que não puderam ser combatidas”, explicou o minsitro.

Três questões a serem resolvidas

Para Stephanes existem questões a serem resolvidas, neste momento. A primeira é a importação de trigo da Argentina; a segunda é a comercialização do volume estocado no País desde o ano passado e que está em boas condições de ser usado na fabricação de pães e massas. O trigo que perdeu qualidade e não serve para essa produção, mas que pode ser destinado à ração animal é outro ponto. “Temos que analisar o que fazer para sustentar a comercialização desse trigo, já que ele perde muito o seu valor”, disse.

Três frentes de ação

O ministro enumerou as três principais ações do governo para garantir o abastecimento e os preços do trigo no Brasil: suspender a licença de importação automática da Argentina, aumentar em 35% a alíquota de importação quando a compra não for de países do Mercosul e apoiar a comercialização do produto. Essa última medida tem o propósito de sustentar a diferença entre o preço mínimo de R$ 530/tonelada e o preço de mercado, que hoje é de R$ 480/tonelada. Estas considerações estão no site do MAPA.

Máquinas paradas

Passei duas vezes em frente a uma mesma área, próxima a Centenário do Sul, duas vezes em um intervalo de cinco dias. Na entrada de uma fazenda , três máquinas de colher cana-de-açúcar paradas, impossibilitadas de trabalharem pelo excesso de chuvas. Conversei com os funcionários responsáveis e me contaram que estão lá estacionados já há uma semana aguardando a chuva parar.

Luiz Roberto Ferrari

Hoje, conversei rapidamente com o Luiz Roberto Ferrari, presidente da Bolsa de Cereais de Londrina. Suas considerações à respeito da conjuntura da agropecuária regional são realmente preocupantes. Sobre o trigo, continuamos aguardando os editais para os leilões PEP. AGF, as aquisições do Governo Federal, que poderiam viabilizar a comercialização do trigo desta safra não poderão ser praticadas por falta de recursos orçamentários, de armazéns e de qualidade do trigo colhido.Vamos ter que trabalhar muito para superar este inverno super-chuvoso que comprometeu severamente a safra de trigo , de café , da cana-de-açucar e já compromete o plantio da safra de verão.

Londrina Country Festival

A movimentação de instalação do palco , som e toda a infra-estrutura de apoio do Londrina Country Festival começou ontem aqui no Parque Ney Braga. Mega evento organizado por empresários de Curitiba , deve receber um bom público na área onde normalmente se instala o parque de diversões da ExpoLondrina.

Por falar em festival...

Bem , já temos os resultados da pesquisa popular para identificar os shows da Expolondrina. Foram cerca de 1500 entrevistas. Interessante o resultado que ficará guardado a sete chaves, por razões óbvias.

Chuva geral

Como se já não fosse o suficiente, o Inmet prevê chuva em todo País.
Para esta quarta-feira (21), a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de chuva em Rondônia, Tocantins, Acre, Maranhão, Bahia, Piauí e Sergipe. Na região Centro-oeste, chove em áreas isoladas de Mato Grosso e no Distrito Federal.
Pode chover, ainda, em áreas isoladas do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Quem não assinou a lista de apoio à criação da CPMI do MST

Estes são os congressistas paranaenses que não assinaram a lista de apoio à instalação da CPMI do MST, segundo a edição de hoje do Jornal Gazeta do Povo.

Senado:
Flávio Arns (PSDB);
Osmar Dias (PDT)

Câmara:

Airton Roveda (PR);
Alex Canziani (PTB);
André Vargas (PT);
André Zacharow (PMDB);
Angelo Vanhoni (PT);
Assis do Couto (PT);
Chico da Princesa (PR);
Dr. Rosinha (PT);
Giacobo (PR);
Hermes Parcianello (PMDB);
Marcelo Almeida (PMDB);
Nelson Meurer(PP);
Odílio Balbinotti (PMDB);
Ratinho Junior (PPS);
Ricardo Barros (PP);
Rodrigo Rocha Loures (PMDB)e
Wilson Picler (PDT).

Fonte: Jornal Gazeta do Povo, edição do dia 21/10/2009.

Quem assinou

Estes são os congressistas paranaenses que assinaram a lista de apoio à criação da CPMI do MST, segundo a edição de hoje do jornal Gazeta do Povo:

Senado: Álvaro Dias (PSDB)

Câmara:

Abelardo Lupion(DEM);
Alceni Guerra(DEM);
Affonso Camargo(PSDB);
Alfredo Kaefer(PSDB);
Cezar Silvestri(PPS);
Dilceu Sperafico(PP);
Eduardo Sciarra(DEM);
Gustavo Fruet(PSDB);
Luiz Carlos Hauly(PSDB);
Luiz Carlos Setim;(DEM);
Moacir Micheletto(PMDB);
Osmar Serraglio(PMDB) e
Takayama(PSC).

Férias "trabalhistas"

Depois de umas férias, estou no blog de novo. Bem entendido: férias do blog, mas foi o excesso de trabalho, tanto particular quanto na Rural, que me afastaram das postagens.

15 linhas de contrariedade

À noite, escrevi 15 linhas à respeito da revisão dos índices de produtividade. Sou muito mais do que apenas 15 linhas contrário à essa medida, tive que escolher apenas algumas para minha argumentação. O que precisamos, na verdade, é eliminar esta aberração de nossa legislação. Tudo bem , não podemos compactuar com a simples especulação imobiliária de terras , mas esse negócio de índice de produtividade é muito ruim para a sociedade.

Leilões PEP do Trigo

Ontem procurei informações à respeito dos editais para os leilões PEP do trigo. Não os encontrei , acho que hoje teremos informações à respeito. O que existem são dúvidas de produtores, especialmente relacionadas ao escoamento da safra deste ano , grande parte de qualidade incompatível para a indústria de farinhas para pão , por exemplo.

Dúvidas e problemas relacionados aos leilões PEP do trigo

1- A safra do Paraná quebrou , segundo o DERAL em 20%, na região de Londrina certamente mais;
2-A qualidade da safra colhida foi muito prejudicada pelo excesso de chuvas durante seu desenvolvimento e durante a colheita;
3-Isso significa que o trigo de baixa qualidade,de baixo PH, ( este PH não tem nada haver com acidez, refere-se a "peso por hectolitro") não atenderá à necessidade da indústria para a produção de farinha para pão. A farinha para biscoito e o rigo para ração animal , nesta ordem , não precisam de tanta qualidade;
4-Os preços do mercado interno estão inferiores ao preço mínimo anunciado pelo governo;
5-A medida anunciada pelo Governo foi a de promover leiões PEP;
6-Leilões PEP (Prêmio por Escoamento de Produto) resumidamente são eventos onde os compradores disputariam entre si pela aceitação do menor subsídio para adquirir trigo pelo preço mínimo oficial. Desta forma o produtor receberia o preço mínimo e a indústria, em especial aquela localizada a longas distâncias das regiões produtoras (Nordeste, por exemplo) poderiam adquirir o trigo em condições competitivas em relação ao trigo canadense ou americano , intensamente subsidiados;
7-O problema é que trigo de baixa qualidade tem preço inferior ao preço mínimo;
8-Outro problema é que se não houver harmonia entre as necessidades da indústria , quanto às quantidades e destinações industriais, muito do trigo pode não encontrar colocação;
9-Segundo informações junto à cooperativas regionais, o trigo estocado da safra passada, algo em torno de 300 000 toneladas, é de boa qualidade. Se este trigo for comercializado agora, e imaginamos que isto de fato aconteça, a safra deste ano continuará sem comercialização e o problema será simplesmente transferido para mais tarde;
10- Finalmente, não existem recursos disponíveis para AGF, aquisições do governo federal, que , estes recursos sim , poderiam retirar do mercado o trigo de baixa qualidade, remunerar o produtor pelos preços mínimos atuais e, futuramente, através de leilões , destiná-los ao uso adequado de acordo com as necessidades da indústria, principalmente a de rações, através de leilões de produtos. Mas, pelo jeito, falta orçamento ao Ministério da Agricultura para isso.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Não choveu...

Não choveu, errei minha previsão do tempo pois só choveu em São Paulo bem mais tarde, bem depois do Buton ser campeão. Mas nem que tivesse chovido. Mesmo vivendo "a melhor fase de sua vida", segundo o Galvão, o Rubinho não teve sorte: até pneu furado teve hoje para atrapalhar sua corrida. Ano que vem, quem sabe...

domingo, 18 de outubro de 2009

Sol e chuva

A chuva de ontem fez um belo serviço para o Rubinho que conseguiu a pole para a corrida de hoje. Corrida que promete. Hoje, já choveu aqui em São Paulo , estamos com sol entre nuvens e não há a menor possibilidade de afirmar se haverá chuva ou sol na corrida de hoje. Aqui não tenho um grande horizonte para avaliar mas , como todo agricultor, tenho palpite para o tempo durante a corrida. Largada com sol e uma chuva de verão do meio para o final. Amanhã a gente confere.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Leilões PEP do trigo

Em breve, ocorrerão os leilões PEP para o trigo. As perguntas que já começam a ser feita são: que trigo será escoado? Este trigo desta safra de péssima qualidade? O trigo estocado da safra passada? Se for este, o que será feito do trigo novo, com baixa qualidade para farinha? Será problema para o próximo ano? Será destinado ao consumo animal? Ainda não temos as respostas, mas vamos procurar encontrá-las.

Arnaldo Amaral: o pai.

Quem rapidamente esteve hoje de manhã na Rural foi nosso sócio Arnaldo Amaral, o pai. A gente explica porque tem o Arnaldo Amaral Filho também. Ele faz parte daquele grupo de pessoas apaixonadas pela causa agropecuária e pelo Brasil. É sempre bom ouvir o que têm a dizer, especialmente quando a experiência prática avaliza o discurso.

Pré-Sal

Dia 26 de outubro será realizada uma Audiência Pública relativa ao Pré-Sal aqui em Londrina Estarão presentes o Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo e o consultor da Petrobrás, Daniel Cleverson Pedroso. A Sociedade Rural do Paraná tem especial interesse no tema pois a produção de biocombustíveis pode ser diretamente afetada, dependendo dos rumos que a exploração do Pré-Sal tomar. Não há dúvida de que os combustíveis fósseis ainda terão um importante papel na composição da matriz energética brasileira e mundial o que confere ao Pré-Sal importância não apenas econômica como também estratégica. Contudo , defendemos , e acredito que nossa posição tenha eco junto ao governo e à sociedade, a tese de que não podemos abandonar programas tão bem sucedidos como o do etanol .Haveriam impactos econômicos e ambientais realmente grandes. Isto já ocorreu no passado quando o pró-alcool foi abandonado diante de uma involução dos preços internacionais do petróleo.Quem sabe o Pré-Sal não seja a fonte financiadora das futuras pesquisas que garantirão ao Brasil a manutenção da condição de líder mundial na produção de Biocombustíveis? São teses como essa que pretendemos defender nesta audiência pública tão importante.

Indústria torrefadora

Ontem , nosso encontro com o João Sanches, gerente geral da área do café da COROl ,foi dos mais produtivos. A COROL, cooperativa de produtores, além de comprar café de seus cooperados, industrializa esse café e o comercializa no varejo. Modelo bacana envolvendo o cooperativismo e a verticalização da produção. Rotulagem, produção, logística, "blends", preferências do consumidor e muito mais foram objeto de discussões. Tanto o Fábio Giocondo quanto o Sampaio, diretores da Rural e cafeicultores ,participaram do encontro. O peso da opinião do consumidor final, seja ele brasileiro ou estrangeiro, está cada vez mais evidente na dinâmica do mercado do café.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Editorial do Jornal da Rural

Desmanchei em capítulos o editorial da próxima edição do Jornal da Rural. O texto ficou um pouco longo. Apesar da abundância de temas, acabei abordando o da Reforma Agrária. Li recentemente o livro A Arte da Política, autoria do Fernado Henrique Cardoso, e a questão agrária havia sido intensamente abordada pelo autor. Usei algumas informações deste livro e algumas outras referências para elaborar o texto. Pelo menos , desengasguei. Já estava atrasando a impressão do jornal....

A Novela da Reforma Agrária

“Está criado no Brasil um clima do tipo bandido e mocinho no qual o MST é o bom moço. Basta ver a novela O Rei do Gado. Agora vocês pedem ação enérgica do governo. A primeira morte que ocorra serei o culpado. Não contem comigo para isso. Será um longo caminho para reconquistar as emoções e abrir espaço para uma ação mais racional.”

Quem pronunciou estas palavras foi...

Quem pronunciou estas palavras foi Fernando Henrique Cardoso, então presidente da República, quando compareceu à abertura da tradicional Expozebu, em Uberaba. Disse isso após ter assistido a um vídeo mostrando incêndios e outras violências praticadas por invasores de terras e ter ouvido um apelo por providências feito pela diretoria da A.B.C.Z. Isto está escrito no livro “A arte da política, a história que vivi” de autoria do próprio Fernando Henrique Cardoso.

Isto perdurou...

Isto perdurou por muito tempo e somente agora com as repetidas ações de intolerância e truculência cometidas por alguns movimentos sociais é que a sociedade começa a perceber que a análise não poderia ser feita de forma maniqueísta.

Comentar a atitude do ...

Comentar a atitude do Presidente é desnecessário, cada um deve fazer seu próprio juízo. Mas que a análise estava correta, não há dúvida: a sociedade urbana por muito tempo cultivou uma simpatia evidente pelos “sem-terra”, relegando aos agropecuaristas a condição de vilões.

Isto não quer dizer...

Isto não quer dizer que a questão agrária, que é antiguíssima, deva ser negligenciada. Roma, por exemplo, foi fundada sob uma lei agrária a qual dividia o território segundo critérios específicos, entre os diferentes cidadãos. Essa lei não funcionava pois os casamentos, sucessões e alienações desarranjavam este ajustamento original gerando concentração de terras.

Como tudo...

Como tudo, existem os dois lados da mesma moeda e quando ela é observada pelo lado de cima, de helicóptero por exemplo, e se vê em rede nacional a destruição impiedosa de milhares de pés de laranja, fica evidenciado que a história do Rei do Gado era peça de ficção, nada além disso.

Para tentar coibir...

Para tentar coibir esta concentração que àquela época tinham um impacto brutal sobre os homens pobres e livres, instituiu-se uma lei que limitava a extensão de terras a qualquer cidadão. A tal lei sempre foi burlada e negligenciada e a maior parte da população acabava sem possuir nenhuma terra o que, em função especialmente da existência da escravidão, tornava impossível a um homem pobre manter sua independência.

Na Roma antiga...

Na Roma antiga a terra era ,muito mais do que nos dias de hoje, fundamental pois tanto o trabalho nas áreas rurais, quanto as atividades do comércio e das manufaturas, eram realizadas pelos escravos dos homens ricos. Assim, não havia nenhuma oportunidade de emprego para um homem livre e pobre. Imagine-se então, a importância de um pedaço de terra...

No Brasil recente, o tema...

No Brasil recente, o tema da reforma agrária desencadeou grandes debates durante a constituinte de 1988. Conforme FHC descreve em seu livro, a briga, ideológica, foi travada em torno do direito de propriedade. A tese da necessidade do cumprimento da função social para que o direito de propriedade fosse válido é que de fato foi discutida. O que se decidiu à época foi que terras produtivas não poderiam ser desapropriadas para fins de reforma agrária. As desapropriações deveriam ser feitas sob a lógica capitalista, levando em consideração a legalidade da propriedade privada.

Aos poucos...

Aos poucos, essa percepção da sociedade mudou. O desenvolvimento da agropecuária comercial brasileira e os proporcionais benefícios gerados ao país tiveram um importante papel nesta mudança de percepção e as recentes imagens aéreas exibidas pela imprensa da destruição de laranjais colaboraram no sepultamento do romantismo que novelas como O Rei do Gado possa algum dia ter inspirado.

O inconformismo...

O inconformismo com essa derrota na constituinte e uma intensa defesa pública a favor da reforma agrária fez com que amplos setores da sociedade, especialmente a classe média, fossem convencidos de sua urgência e indispensabilidade como pré-requisito para o desenvolvimento do Brasil.

Isso não quer dizer...

Isso não quer dizer, absolutamente, que não haja necessidade de se promover a inclusão social de agricultores sem-terra através de um programa de assentamento rural. Também não quer dizer que políticas de apoio ao pequeno produtor, de diversificação da atividade agropecuária e de verticalização devam ser abandonadas.

Apenas quer dizer...

Apenas quer dizer que a nossa reforma agrária deve ser feita respeitando-se a propriedade produtiva e privada, sob a tutela da lei e da justiça. Quer dizer que a sociedade brasileira amadurece a cada dia e repudia cada vez mais atos de desrespeito às leis. Significa que os brasileiros não estão dispostos a compactuar com qualquer ato de ilegalidade, seja qual for a justificativa. Enfim, evidencia que a democracia da liberdade de expressão, da liberdade de imprensa e das instituições fortalecidas sempre será o caminho, senão o mais curto, mas certamente o mais seguro, para a construção de um país melhor e mais justo, objetivo intrínseco de cada um de nós.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Agricultura familiar, pagamento por serviços ambientais e agroecologia

Ontem recebemos ofício do Consema solicitando reserva de espaço aqui no Parque Ney Braga para a promoção de um evento voltado à difusão da agroecologia, da recuperação de matas ciliares e discussão sobre a remuneração por este tipo de serviço ambiental, especialmente voltado para a agricultura familiar. Serão três dias de programação , no final de novembro.

Pesquisa na rua

Amanhã começa a nossa pesquisa com a população para definir a grade de shows da ExpoLondrina 2010. Pesquisa rápida , logo conheceremos a preferência da população londrinense. Hoje, parece até que é combinado, recebi um e-mail em nosso "fale conosco" perguntando se não vai haver samba na Expô. Até aqui no blog havia uma pergunta sobre a grade de shows. Nos últimos anos, a preferência tem sido pelo sertanejo universitário substituindo os tradicionais figurões consagrados do sertanejo. Vamos aguardar a pesquisa...

Agora é com a indústria

Dando sequência às reuniões relacionadas ao café, amanhã tenho a primeira reunião com um representante da indústria de torrefação. Esta indústria está totalmente voltada ao mercado nacional. Na sequência, vamos conversar com a indústria de solúvel, exportadora.

Editorial

Ainda hoje preciso escrever o editorial do Jornal da Rural. Estou atrasado e sem foco. Tem tanto assunto: resultados do Tecnoshow, trigo , cadeia da carne bovina, sem-terra detonando laranjal, CPI do MST, café, safra de verão, código ambiental... Não se trata de falta de inspiração mas de eleição de prioridades. Outro dia li um editorial , acho que no Estadão, que tratava em linhas gerais sobre isso: o quanto a agropecuária brasileira atua reativamente,sempre acuada, pressionada, negociando dívidas, revisão de índices de produtividade e relações com o meio-ambiente, por exemplo. Existe um trabalho em andamento , a agenda agrícola para o séc. XXI, conduzido pelos ministérios da Agricultura e de Assuntos Estratégicos que sinaliza uma mudança de condição. Agora, transformar esta condição reativa em pró-atividade, não será nada fácil.

Mais café

Ainda ontem , de manhã, tomei um café com alguns corretores especializados . Conversamos bastante sobre o "negócio café", as dificuldades atuais e a rotulagem. Os problemas apontados, sejam por produtores, corretores ou lideranças são sempre os mesmos: regulamentação insatisfatória, dúvidas quanto à composição do produto industrializado, rotulagem , etc...Isso sem falar no preço baixo, claro. Estou agendando também reuniões com a indústria de torrefação.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Zé do Chapéu ou Zé do Café?

Estive hoje com o ex-ministro José Eduardo de Andrade Vieira. Conversamos bastante sobre a cafeicultura. Para quem não se lembra, quando foi Ministro da Indústria e Comércio do Governo Itamar Franco, o Ministro José Eduardo promoveu uma verdadeira revolução no comércio mundial do café. Por isso , o Zé do Chapéu como era conhecido é reverenciado até hoje pelos cafeicultores brasileiros.

Ministro da Agricultura

O Zé do Chapéu foi também Ministro da Agricultura , mas foi como Ministro da Indústria e Comércio que organizou o mercado mundial do café.

Organização mundial

Uma de suas principais ações foi fundar uma organização mundial de produtores de café composta pelos principais países produtores, tanto latino-americanos quanto africanos. Foi esta entidade que em determinado momento limitou a oferta mundial de café, pressionando países como a Alemanha e os USA a consumirem seus vastos estoques.

Correção de preços

A ação desta “OPEP” do café fez com que rapidamente os preços internacionais do café atingissem patamares satisfatórios e tal momento é lembrado com saudosismo por muitos produtores.

Café em 1915

O Ministro contou-me que possui um livro de registros contábeis da fazenda de seu avô que aponta venda de café , em 1915, a sensacionais U$ 300,00 a saca!. Isso deve equivaler, em termos de valor relativo atualizado, a qualquer coisa próxima de U$ 1000,00 a saca. O café produziu muita, mas muita riqueza mesmo.

Rotulagem , zoneamento agrícola, arroz gaúcho...

Também conversamos sobre a rotulagem do café industrializado, as origens do zoneamento agrícola nos Estados Unidos e sobre crise do arroz gaúcho.Vou falar a verdade: há muito tempo não tinha uma conversa tão interessante . Aprendi muito com o Zé do Chapéu que , gentilmente, disponibilizou parte de sua agenda para conversar comigo sobre café e muito mais.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

APAC I

Conforme o combinado , o Ricardo Strenger nos enviou uma série de informações à respeito das posições que a APAC defende. Uma delas , se refere à rotulagem do café industrializado aqui no Paraná.Seguem-se trechos extraídos de sua mensagem enviada à Sociedade Rural do Paraná.

APAC II

“Como sabemos, existem no mundo duas espécies de café: a espécie Arábica e a espécie Canephora, sendo este último o Robusta e o Conillon.
Os cafés Robusta/Conillon são produzidos a baixo custo por serem árvores rústicas e pouco exigentes, sendo produzidos em determinados tipos de clima e solo, não aptos ao cultivo da espécie Arábica. Estes não possuem aroma, sabor ou paladar, sendo ainda adstringente, contendo altos índices de cafeína e servindo apenas para a mistura de cafés,alem de técnicas para tornar este café mais neutro. O café Arábica é uma espécie muito exigente em clima e solo, com altíssimo custo de produção, possuindo este sim sabor, paladar e aroma acentuados. A APAC elaborou um projeto de análise quantitativa das misturas que podem ocorrer entre as espécies Arábica e Canephora (Robusta/Conillon) nos cafés torrados e moídos que encontramos no mercado”.
Esta foi a introdução do artigo de lançamento da idéia da rotulação publicada no jornal Coffee Business do dia 28/02/2001.

APAC III

Após muitas lutas com os outros setores da “cadeia café” o projeto de lei de nº 96/02, de autoria dos deputados estaduais Hermas Brandão e Orlando Pesutti,atual Vice governador do Estado do Paraná , foi aprovado e sancionado virando lei no dia 8 de abril de 2002, sob nº 13519,que diz da obrigatoriedade de informação, conforme especifica, nos rótulos de embalagens de café comercializado no Paraná.
Mas a indústria entrou com ação de inconstitucionalidade no STF (Supremo Tribunal Federal).
No dia 07 de maio de 2008 a ação foi julgada improcedente dando o STF ganho de causa ao governo do Paraná,

APAC IV

Os votos dos ministros foram absolutamente ao encontro das idéias da APAC
Diz o relator da ação Sr. Ministro Ricardo Lewandowski: “a norma impugnada não usurpou competência da União para legislar sobre direito comercial e comércio interestadual. Isso porque o ato normativo impugnado tão somente visou à proteção ao consumidor, diz ainda que a constituição atribui competência concorrente à União, Estados e ao Distrito Federal para legislar sobre a produção e consumo. ... a lei impugnada (pela indústria), tem apenas o escopo de informar o consumidor quanto aos dados do produto por ele adquirido. ... a constituição estabelece, como princípio da ordem econômica, precisamente a defesa do consumidor”.

APAC VI

Vejam o que disse a Sra. Ministra Carmem Lúcia em diálogo com o Ministro Menezes Direito: “Foi também enfatizado na tribuna que as empresas deveriam ter o direito ao sigilo quanto àquilo que se contém no café. Pergunto-me: que direito é esse? Eu cidadã que tomo muito café, tenho o direito também de saber o que estou consumindo e em que condições, até porque, às vezes, quem faz café, lembrou o Ministro Menezes Direito, sabe muito bem que ao coá-lo, sente um cheiro nítido de milho e de outros aromas na casa, o que denota nem sempre estar tudo devidamente descrito”. Continuou a Ministra – “E acredito que a tendência seja a informação. O direito à informação referida no artigo 5º deve ser respeitado efetivamente nos termos da federação brasileira. Entendo que se trata efetivamente do direito de informação do consumidor”.

APAC V

Diz o Sr. Ministro Menezes Brito: “Nós sabemos, no Brasil, a quantas anda a questão da informação ao consumidor no tocante aos gêneros que são embalados. Muitas vezes, nós estamos cansados de examinar essa matéria, até pessoalmente, salvo quem não faz supermercado, é claro, que existe uma dificuldade muito grande porque, muitas vezes, o que se contém no rótulo não está contido no produto”.

APAC VII

O Sr. Ministro Carlos Britto diz: “Entendo que a lei, no seu conjunto, em cada um de seus dispositivos, tem por foco a precisa informação do consumidor: orientar o consumidor, cientificar o consumidor daquilo que está sendo objeto de virtual consumo, com uma virtude, com uma vantagem adicional. Essa lei também protege a saúde, tem mérito suficiente para incorporar a defesa da saúde, que é também matéria de competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal”. Ainda diz que a lei não extrapola o limite da razoabilidade e proporcionalidade que defendem, a um só tempo, tanto o consumidor, no plano da informação, quanto à saúde.

APAC IX

Veja então o que diz o senhor Ministro Marco Aurélio, dirigindo-se à presidência do STF: “Senhor Presidente, a esta altura, nutro inveja, considerada a segurança dos paranaenses na aquisição e também na tomada de café”.

APAC VIII

A senhora Ministra Ellen Gracie diz que “não há usurpação de competência da União para legislar sobre Direito comercial. Apenas o que se assegure no uso da competência concorrente do Estado para legislar sobre produto e consumo é a adequada informação do adquirente sobre aquele produto que ele irá consumir.

APAC XI

O Sr. Ministro Gilmar Mendes diz “E aqui está um caso claro em que, a partir da perspectiva do consumidor, é possível deixar ao Estado a possibilidade de fazer aquilo que os americanos chamam de “laboratório legislativo”, a própria experiência constitucional no seu âmbito”.

APAC X

O Sr. Ministro Celso de Mello diz: “... a necessidade que se impõe ao Estado de impedir que as empresas e os agentes econômicos em geral, qualquer que seja o domínio em que exerçam as suas atividades, afetem e agravem a situação de vulnerabilidade a que se acham expostos os consumidores”. – “louvo a iniciativa do Estado do Paraná pela edição da Lei nº 13519/2002, pois, ao assim agir, cumpriu, de maneira conseqüente o dever de proteção ao consumidor.

Guarani: assunto encerrado

Chega de palavras em Guarani. Daqui para frente, vamos ver se aprendo um pouco de gramática. Gramática , porque meus amigos anônimos já se encarregaram de me encaminhar várias palavras em Guarani para que enriquecesse o vocabulário.Já até me xingaram em Guarani, uma beleza!

domingo, 11 de outubro de 2009

Vocabulário Tupi-Guarani-Português

Estas são as definições de algumas palavras s encontrada no "Vocabulário Tupi-Guarani-Português",de autoria do Professor Emérito da USP, Silveira Bueno. Tem muito mais coisa interessante mas olha so o que já encontrei no livro:
Tarobá significa louco,doente de juízo , insano;
Toró, casca grossa;
Tupi, pai supremo, o primitivo, progenitor;
Tupiniquins, colaterais de Tupi;
Tutoya, interjeição de admiração, como "que beleza!";
Uberaba,água brilhante;
Umuarama,lugar ensolarado para encontro de amigos;
Uruguai, rio dos caramujos;
Vossoroca ou bossoroca, chão rasgado.

Paraná,paranaguá...

Paraná,igual ao mar;
Paranaguá, enseada do mar,porto;
Paranapanema, rio grande de água imprestável;
Paranavai, rio grande e feio;
Paraty, mar tranquilo;

Ibirapuera,Iguaçu...

Ibirapuera,mato que já foi mato,mas não é mais;
Iguaçu, rio grande;
Irajá, lugar onde há mel;
Itaquaquecetuba, lugar abundante de taquaras que cortam como faca!,
Ipanema, rio de água fedida;
Jaçanã, o que grita alto;
Maceió, lagoeiro,inundação que se forma por maré;
Pacaembu,lugar das pacas;
Maracanã,tipo de papagaio

Camby,catanduva...

Camby é leite;
Catanduva,mato áspero;
Carioba,camisa usada pelo índios;
Congonha,engulido, deglutido;
Corinthians, campeão por excelência (brincadeira);
Embaú,bica de água
Garanhuns, pássaro preto, azulão,
Guarapiranga,ribanceira vermelha;
Guayra, lugar onde não se pode passar..

Anhangabaú,butantã...

Algumas traduções do guarani para o português interessantes:
Anhangabaú:rio dos malefícios do diabo
Anhanguera: diabo velho
Aracy: aurora, mãe do dia, mae feliz
Butantã:terra duríssima
Boituva: onde há muitas cobras
Boissucanga:cabeça de cobra grande
Atibaia: lugar saudável

O Guarani

O Guarani é um dialeto do TUPI e foi falado desde S.Vicente,no litoral paulista, até o Paraguai, estendendo-se ao Uruguai e à Argentina. Os Bandeirantes que partiam de Sao Paulo falando este dialeto Guarani, o disseminaram por todo o país.Os missionários espanhois se utilizaram do Guarani para sua pregação cristã.

Língua geral

No Brasil colônia, havia uma língua geral falada pelos colonos e seus descendentes.Era usada pelos comerciantes e funcionários públicos e surgiu como resultado de diversas influências sobre o TUPI, vindo a constituir-se o nheengatú amazônico.

Nheengatú

Essa é uma língua surgida na região amazônica, originária do TUPI , mas intensamente influenciada por dialetos do Caribe e do Aruaco.Não conserva quase nada do TUPI antigo e nunca foi falada por qualquer tribo não aculturada.Quem inlusive elaborou um dicionário desta língua foi o escritor Gonçalves Dias, em 1858. É bem interessante. A introdução , com a ortografia válida à época , é mais bacana ainda.

80 000 no Brasil

O Guarani é a língua falada por aproximadamente 80 000 brasileiros.No Paraguay, é considerada língua oficial e falada por 5 milhões de paraguaios. Na América do Sul , este número chega a 10 milhões!

Livraria Cultura

Minha filha que está comigo aqui em São Paulo é realmente diferente. Com 12 anos , queria fazer um programa comigo e , vejam só, escolheu ir a uma boa livraria! Show de bola, mas é surpreendente. Fomos à livraria Cultura, na Galeria Paulista . Comprou alguns livros que procurava e que não encontrou na boa livraria Porto lá do shopping Catuaí em Londrina .Está super feliz. Feliz também está seu pai (eu) que adquiriu um dicionário Guarani-Português.Não ,não há qualquer explicação razoável para essa aquisição,apenas curiosidade , ou em guarani, "kuaaserei".

São Paulo no feriado

São Paulo no feriado é bom demais. Pelo menos para gente como eu que não se adapta a congestionamentos,etc... Até amigos a gente encontra por aqui nos feriados. Fui a uma churrascaria ontem e de cara encontrei amigos deUberaba e Cornélio Procópio.Os paulistanos abandonam a capital e a deixam trafegável e civilizada para nós , interioranos .

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Tudo muito parecido

No fundo , os problemas agrícolas são muito parecidos , sejam quais forem as culturas. Essencialmente, a indústria avança impiedosamente na renda do produtor, desequilibrando a distribuição da renda ao longo da cadeia.

Fornecedores de insumos e indústria

Tanto fornecedores de insumos quanto a indústria transformadora invariavelmente corroem a rentabilidade dos produtores. Estes, ciclicamente, se vêem obrigados a renegociar dívidas, entregar terras, tratores, enfim : absorverem o prejuízo causado pela renda perdida.

Agricultura é meio, não é fim.

A agricultura a cada dia firma-se como um meio de transformação de insumos em mercadoria. A rigor, um saco de adubo não tem valor algum se não for utilizado em uma lavoura. Não passa de um volume. Se não for transformado em alimento através da prática agrícola , pouca diferença tem de um saco de terra.Entretanto , na prática, o valor atribuído aos adubos e fertilizantes e aos produtos industrializados absorvem a maior parte da renda que deveria pertencer a quem confere valor tanto a um quanto ao outro: a agricultura propriamente dita.

Reunião com o Strenger

Excelente a conversa com o Ricardo Strenger. Participaram do encontro também os cafeicultores Antônio de Oliveira Sampaio e Fábio Giocondo. Tenho certeza de que a Rural poderá colaborar com algumas das demandas da APAC. Agora há pouco, recebi um importante material que me foi enviado pelo presidente da referida associação de cafeicultores.

O Ricardo é Strenger e não Stranger

Graças ao atento Pedro Luizito Jatobá, ops , Tarobá , que atenciosamente enviou-me um comentário ,estou corrigindo o nome do presidente da APAC. Havia postado "Stranger" e não "Strenger" , como é a grafia correta. Mais um erro para coleção...

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Coopercapana

Quem esteve ontem na Rural foi o Ricardo de Lucca, presidente da Coopercapana.Esta cooperativa , que congrega produtores de ovinos e comercializa cortes nobres de forma independente, está programando uma festa com o objetivo de promover o consumo da carne de carneiro de qualidade.A data será definida em breve mas, infelizmente, não será na Rural. O pessoal da Coopercapana optou pelo CTG, centro de tradições gaúchas, pois eles tem churrasqueiros especializados.

Enquanto espero... Cyber Churrascaria

Estou aguardando uma pessoa sair de uma audiência para conversar comigo.Enquanto espero, vou alimentando o blog,abrindo e-mails, direto da cyber-churrascaria , aqui do Mato Grosso do Sul.

Encontro com Ricardo Stranger

Amanhã encontro-me com o Ricardo Stranger, presidente da APAC, associação ligada à defesa da cafeicultura paranaense. Ele , que além de sócio da Rural já disputou uma eleição pela presidência desta sociedade, tem sido bastante crítico em relação à política cafeeira brasileira. Vamos conversar porque a Rural tem suas origens ligadas à cafeicultura e ´nossos sócios ligados ao setor tem manifestado a expectativa de que a Rural colabore na superação de dificuldades que a cafeicultura está enfrentando.

Hauly solicitou resultados

A assessoria do Deputado Federal Luiz Carlos Hauly solicitou os resultados do seminário sobre o trigo realizado durante o IV Rural Tecnoshow. Uma das conclusões do seminário se refere à necessidade de se fazer a devida previsão orçamentária no orçamento geral da união de 2010 de recursos de apoio para o trigo. Sem recursos de apoio ao escoamento, comercialização e transporte, o sonho da auto-suficiência torna-se impossível. Esse é um trabalho em que a participação dos representantes paranaenses no congresso é da mais alta relevância.

Quem diria...

Estou blogando diretamente de uma churrascaria no interior do Mato Grosso do Sul. A Churrascaria Forno Douro disponibiliza este serviço gratuitamente à clientela. Incrível como o mundo muda rápido.

O pré-sal e os biocombustíveis

Vamos participar das discussões em torno do pré-sal. Muitos se lembram do extinto pro-alcool , programa do governo que incentivou a produção do etanol, sua utilização como combustível , etc... durante uma importante crise de fornecimento e alta de preços do petróleo. Quando o mercado mundial mudou, o pró-alcool foi esquecido e abandonado. Esperamos que isso não aconteça com o início da exploração do pré-sal. Esperamos que o pré-sal, além de garantir nossa independência relativa aos combustíveis de origem fóssil,seja fonte de divisas mas também garanta a manutenção de nossa matriz energética diversificada e limpa, através da destinação de recursos à pesquisa,por exemplo. Assim , esse esforço imenso de consolidação da indústria dos biocombustíveis não será perdido e também nossos compromissos ambientais.

Casal Kichner beneméritos da Rural

Claro,é brincadeira. Mas tem fundamento ,afinal a proibição às exportações de carne bovina que o então presidente Nestor Kichner impôs à Argentina foi o pontapé inicial para nos tornarmos líderes mundiais em exportação dessa carne. Além disso , o congelamento de preços , em especial de cortes bovinos ,e a taxação à exportaçãode grãos tem desestimulado de tal forma a agropecuária Argentina que é bem provável que a curto prazo possamos exportar carne bovina para nossos vizinhos.Isso sem falar da queda da qualidade e da quantidade do trigo produzido na Argentina .

Ministro da Agricultura é sócio benemérito da SRP

Em Assembléia Geral Extraordinária realizada segunda-feira foi aprovada a proposta de conceder ao Sr. Reinhold Stephanes, Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o título de "sócio benemérito" da SRP. Trata-se da mais importante honraria prevista nos estatutos da Sociedade Rural do Paraná.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Será quer este blog foi invadido?

Sei não. Algumas coisas estranhas estão ocorrendo neste blog. A ordem das postagens tem sido modificada, não estou entendendo. Espero que não , mas de qualquer maneira, uma invasão pode ser uma excelente desculpa para os meus frequentes erros ortográficos , de concordância, etc...

Seguro agrícola do trigo

Até o momento, o discurso das seguradoras tem sido o de que havendo comprovação da aplicação dos defensivos adequados, através de nota fiscal , evidentemente incluindo-se e anexando-se estas notas ao laudo técnico, também haverá a cobertura do seguro.

Tem que provar

A comprovação de que foram aplicados os defensivos é fundamental no processo. A alegação pura e simples de que o excesso de chuvas foi o responsável pela quebra da safra do trigo não está sendo considerada. A alta incidência do Brusone causada pelo excesso de chuva , por si só, não garante cobertura do seguro.

Já foi diferente

O primeiro seguro que se tem conhecimento está registrado no “Código de Hamurabi” , ou seja, foi elaborado em torno de 1780 A.C. , há três mil e oitocentos anos.O código garantia aos navegadores que tivessem bens perdidos ou subtraídos a compensação pelo Estado . Não precisava apresentar nota fiscal, bastava jurar diante de um Deus para o rei da Babilônia garantir.

Olho por olho, dente por dente

O código de Hamurabi é conhecido pela expressão olho-por-olho, dente-por dente. Será que os navegantes mentiam para o Rei da Babilônia à respeito de suas perdas enquanto navegavam? Pouco provável.Sem nota fiscal e sem mentira...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Assinei a ficha com o PMDB

Assinei a ficha de filiação ao PMDB. Como havia sido convidado por outros três partidos a filiar-me, antes de entregar a ficha à executiva municipal fiz questão de comunicar , diretamente a quem convidou-me, a minha decisão.

Porque estou filiado II

Confesso que fiquei bastante entusiasmado com a possibilidade de promover mudanças , de colaborar com a construção de um país melhor, até porque este é , no fundo, o papel de uma entidade de classe . Isto pude vivenciar na prática do exercício da presidência da Rural, mas pude perceber claramente a limitada abrangência da atuação da política classista. A inserção na política partidária parece-me ser a via natural para que seja possível amplificar este tipo de propósito, no tempo e ambiente adequados.

Porque estou filiado

Decidi filiar-me pela vontade de experimentar a atividade partidária quando encerrar meu mandato aqui na Rural. Durante o exercício da presidência da SRP , percebi com clareza o quanto a democracia brasileira está fundamentada na representação partidária. A política classista tem sua função específica, é claro , mas conta com importantes limitações e a própria eficácia reduzida, exatamente por ser apartidária, pelo menos no caso da Rural.

Porque o PMDB I

Primeiramente, pareceu-me adequado considerar apenas uma eventual filiação a partidos que de fato me convidassem. Dentre aqueles que desta forma procederam , considerei fundamental que o partido contasse com executivas , tanto a municipal quanto a estadual, definitivas e não provisórias.

Porque o PMDB III

O PMDB certamente será fundamental na definição dos destinos políticos do Paraná e do Brasil : poder participar deste processo , da forma que apropriadamente me couber, foi definitivo para que eu tomasse a decisão de filiar-me ao PMDB.O Governador Roberto Requião abonou minha ficha de filiação.

Porque o PMDB II

Outro aspecto que pesou na decisão foi a maior definição do PMDB quando comparado a outros partidos no que se refere ao processo eleitoral de 2010. O PMDB tem candidato ao Governo do estado definido, é o Orlando Pessuti, e também candidato ao Senado , o governador Roberto Requião. Isto é importante para alguém que, como eu , prefere trabalhar baseado em fatos e não em hipóteses.

Candidatura

Apenas me filiei. No momento, aguardo a tramitação burocrática junto ao TRE para sacramentar minha filiação ao PMDB. Por enquanto, não sou candidato a deputado estadual, nem a deputado federal e tão pouco à prefeitura de Londrina , como já li em um blog!

Dona Guiomar

O falecimento absolutamente inesperado de Dona Guiomar pegou a todos nós de surpresa. Pelo que soube, estava dormindo: deve ser melhor assim. D. Guiomar acompanhava atentamente a atual administração e durante a crise da aftosa, em 2006 , conversamos alguma vezes , inclusive pessoalmente .Quando nos visitava , o fazia acompanhada de sua filha Luciana. Recentemente, conversamos um pouco por telefone. Eu gostava da Dona Guiomar.

Palancão em frente à prefeitura

Quatro ministros de estado, entre eles a ministra Dilma , provável candidata petista à sucessão do presidente Lula, conferem a qualquer evento uma grande importância. Para não ficar com meias palavras, quem viabiliza este tipo de situação em Londrina é o Ministro Paulo Bernardo, que tem grande prestígio junto à presidência da República.

Discursos

Foram muitos , alguns longos , outros nem tanto , como o do Beto Pugliesi (acho que é assim que se escreve). O da Ministra Dilma foi discurso de candidata. Além do anúncio das 2000 casas e da parceria com a Santa Casa, falou de crescimento, de Copa do Mundo e de Olimpíadas. Difícil missão essa de suceder o presidente Lula. Em termos de discurso a comparação é absolutamente inglória.

Discursos II

A sorte da ministra Dilma é que , segundo me explicaram hoje, o Serra é ruim de discurso.O Ciro Gomes tem jeito de ser bom de palanque , assim como a Marina Silva e a Heloisa Helena.

Agnaldo ao pé do palanque

O popular Agnaldo, figurinha carimbada de qualquer evento público em Londrina , detonou durante o evento com os ministro na prefeitura. Fez comentários realmente engraçados mas , cá entre nó, inconvenientes. Na Rural , quando conversamos com ele antes de alguma solenidade , ele tem se comportado adequadamente. Vamos torcer para continuar assim lá na Rural.

Escola de governo

Estive na escola de governo ,a convite do Governador Roberto Requião e do Secretário da Agricultura, Walter Bianchini. Procurei apresentar, de forma objetiva e sintética, a situação do trigo brasileiro, as metas estabelecidas para ampliar a produção em direção à auto-suficiência, os principais gargalos deste projeto e algumas sugestões para superá-los. Tudo isso foi discutido durante o Rural Tecnoshow e o que apresentei foi , na verdade, uma síntese de nosso encontro acrescido das sugestões de atuação imediatas, de curto prazo, de médio prazo e de longo prazo.

Postagens vão atrasar

De novo, vou atrasar minhas postagens. Saí de Londrina ainda ontem à noite e, hoje, dificilmente terei oportunidade para fazer minhas postagens.Assim que for possível , comento sobre uma certa ficha de filiação que assinei e sobre a perda de D. Guiomar Moreira.

domingo, 4 de outubro de 2009

Rural Tecnoshow nos blogs

Pela primeira vez anunciamos em alguns blogs um evento aqui da Rural. Estamos flertando com ferramentas digitais de divulgação e comunicação de nossos eventos há algum tempo. Nosso site, por exemplo, foi a porta exclusiva para se fazer inscrições em qualquer evento do Tecnoshow e a Expolondrina já eliminou a distribuição de regulamentos para expositores industriais , comerciais e do setor animal no ano passado, limitando-se a disponibilizá-los como arquivos. Internamente, nossa comunicação com o sócio utiliza-se cada vez mais do e-mail, diminuindo a dependência do papel impresso, ainda que uma parte respeitável de nosssos quadros ainda contem com nossas cartas e jornais informativos. Quanto aos blogs, ainda não tenho a avaliação final mas, aparentemente foram bem eficientes na divulgação do Rural Tecnoshow, especialmente entre formadores de opinião. Fizemos uma pesquisa com os participantes, vamos poder avaliar.

Rio 2016

Tem gente que acha que não deveríamos sequer ter promovido o Pan do Rio e que jamais deveríamos ter assumido a responsabilidade de promovermos uma copa do mundo. Discordo .
Tratam-se de vitórias evidentes do país , que posicionam o Brasil internacionalmente em condição de destaque proporcional ao papel que já ocupa sob o ponto de vista econômico e político: somos protagonistas desta nova era mundial. Agora , vamos encarar uma Olimpíada e devemos nos esforçar para, além de promover um evento bem organizado, aproveitar esta oportunidade rara para incorporar em nosso processo educacional a prática esportiva . O esporte , muito mais do que produzir campeões olímpicos, inclui o jovem em formação em um ambiente saudável , educaitvo , afastando-o inclusive da criminalidade , das drogas e de tudo o mais que as acompanham.Se puder, vou à abertura, ao atletismo , à natação , à ginástica olímpicaa e , pensando bem , se puder me mudo para o RIO em 2016.