quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Dúvidas e problemas relacionados aos leilões PEP do trigo

1- A safra do Paraná quebrou , segundo o DERAL em 20%, na região de Londrina certamente mais;
2-A qualidade da safra colhida foi muito prejudicada pelo excesso de chuvas durante seu desenvolvimento e durante a colheita;
3-Isso significa que o trigo de baixa qualidade,de baixo PH, ( este PH não tem nada haver com acidez, refere-se a "peso por hectolitro") não atenderá à necessidade da indústria para a produção de farinha para pão. A farinha para biscoito e o rigo para ração animal , nesta ordem , não precisam de tanta qualidade;
4-Os preços do mercado interno estão inferiores ao preço mínimo anunciado pelo governo;
5-A medida anunciada pelo Governo foi a de promover leiões PEP;
6-Leilões PEP (Prêmio por Escoamento de Produto) resumidamente são eventos onde os compradores disputariam entre si pela aceitação do menor subsídio para adquirir trigo pelo preço mínimo oficial. Desta forma o produtor receberia o preço mínimo e a indústria, em especial aquela localizada a longas distâncias das regiões produtoras (Nordeste, por exemplo) poderiam adquirir o trigo em condições competitivas em relação ao trigo canadense ou americano , intensamente subsidiados;
7-O problema é que trigo de baixa qualidade tem preço inferior ao preço mínimo;
8-Outro problema é que se não houver harmonia entre as necessidades da indústria , quanto às quantidades e destinações industriais, muito do trigo pode não encontrar colocação;
9-Segundo informações junto à cooperativas regionais, o trigo estocado da safra passada, algo em torno de 300 000 toneladas, é de boa qualidade. Se este trigo for comercializado agora, e imaginamos que isto de fato aconteça, a safra deste ano continuará sem comercialização e o problema será simplesmente transferido para mais tarde;
10- Finalmente, não existem recursos disponíveis para AGF, aquisições do governo federal, que , estes recursos sim , poderiam retirar do mercado o trigo de baixa qualidade, remunerar o produtor pelos preços mínimos atuais e, futuramente, através de leilões , destiná-los ao uso adequado de acordo com as necessidades da indústria, principalmente a de rações, através de leilões de produtos. Mas, pelo jeito, falta orçamento ao Ministério da Agricultura para isso.

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