domingo, 28 de fevereiro de 2010

Leilão no Canal Rural


Nesta segunda-feira, encerro o dia com leilão virtual pelo Canal Rural. Vamos oferecer um pouco da genética do gado Nelore que selecionamos desde 1981. Ofereceremos doadoras de embriões, produtos nascidos, matrizes prenhas e paridas além de uma bateria de machos reprodutores criados à pasto todos geneticamente avaliados. A transmissão é pelo Canal Rural, canal 35 da NET em Londrina e na maioria das cidades.

Doadoras de embriões

Como este blog é acessado por muita gente que não é do ramo , cabem algumas informações. Doadoras de embriões são aquelas fêmeas que são escolhidas para reproduzirem através de técnicas especiais por se tratarem de indivíduos comprovadamente superiores sob o ponto de vista genético. Assim, essas vacas, que naturalmente produziriam no máximo um decendente por ano, passam a produzir muito mais, amplificando o impacto de sua genética no rebanho.

Transferência de embriões

Existem três formas principais de trabalho reprodutivo com vacas transformadas em doadoras. A primeira delas é quando estas fêmeas são estimuladas através de tratamento hormonal a super ovularem. Depois que é feita a inseminação artificial, o útero dessa vaca é "lavado", os embriões em gestação são coletados, identificados e implantados em outras vacas que serão as "barrigas de aluguel".

FIV

A Fertilização In Vitro é um pouco diferente. Não há tratamento hormonal. Há apenas a aspiração dos oócitos diretamente dos ovários e a união com o sêmen do macho doador é feita "In Vitro", como é feito nos famosos bebês de proveta humanos. Após a confirmação da fertilização dos oócitos e o início do desenvolvimento embrionário, estes são implantados em vacas que cedem suas barrigas de aluguel.

Clonagem

Para quem assistiu a novela "O Clone", é aquilo mesmo. Há a extração de uma célula da matriz e se estimula através de técnicas específicas um novo desenvolvimento embrionário. A técnica, sob o ponto de vista comercial, é ainda nova e sua aplicação é bastante limitada pois ao se clonar determinado indivíduo evidentemente abre-se mão da possibilidade de se fazer melhoramento genético através de acasalamentos e novas combinações cromossômicas. Não utilizamos esta técnica em nossa seleção. A medicina veterinária brasileira lidera mundialmente a aplicação destas técnicas reprodutivas bovinas citadas.
Por quê tudo isso?
Estas técnicas foram desenvolvidas para se acelerar a seleção genética das características importantes economicamente. É por isso que antigamente um bovino demorava quatro anos para chegar ao peso de abate e, depois de tanta seleção e multiplicação massiva da genética selecionada, hoje este peso é atingido aos dois anos e meio,em média. Assim, para se produzir a mesma quantidade de carne, hoje o fazemos com muito menos animais, ocupando muito menos espaço. Ganho de eficiência, diminuição do impacto ambiental, custo menor de produção e mais gente tendo acesso à proteína de qualidade.

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