Há quase 10 anos, durante uma conferência internacional sobre educação, o senador Cristovão Buarque foi questionado por um estudante norte-americano sobre o que ele achava da internacionalização da amazônia, mas analisando a questão sob a ótica humanista.
Humanismo
Buarque respondeu que, sob a ótica humanista, ele poderia defender a internacionalização da amazônia, desde que outras questões também o fossem.
Arsenal nuclear
Segundo ele, o arsenal nuclear mundial, ou melhor, o controle sobre esse arsenal, teria uma importância sobre a vida humana similar à manutenção da floresta amazônica e, assim, sob a ótica humanista, seria necessário defender-se também a internacionalização dos arsenais nucleares mundiais, até porque os USA já haviam demonstrado serem capazes de utilizá-lo.
Reservas de petróleo
Seguindo a mesma linha de raciocínio, considerou que as reservas de petróleo teriam tanta importância quanto as reservas florestais por proporcionarem a energia necessária ao desenvolvimento, à produção, à própria manutenção das populações mundiais.Assim, as reservas mundiais de petróleo também deveriam ser objeto da "internacionalização humanista".
Acervo cultural
Até mesmo os principais museus espalhados pelo mundo deveriam ser internacionalizados pois guardam a mostra da genialidade humana e , assim, não deveriam pertencer a nenhuma nação isoladamente. Citou , em sua resposta, o Museu do Louvre, na França, como exemplo.
As crianças
Sugeriu que ,sob a ótica humanista, os cuidados com as crianças ao redor do mundo deveriam ser também "internacionalizados", amparados pelas nações ricas pois o futuro da humanidade necessariamente estaria armazenado nestas crianças.Em sua resposta, diz algo assim: " crianças que morrem ,quando deveriam viver...", e por aí vai.
Conclusão
Conclui dizendo que seria capaz de defender a internacionalização da amazônia para melhorar o nível de proteção sobre a mesma e por concordar que se trata de questão essencial à manutenção da humanidade. Mas diz que defenderia essa causa apenas se as outras que elencou também fossem tratadas de forma humanista e também fossem internacionalizadas. Enquanto ele, Cristóvão Buarque, fosse tratado pelo resto do mundo como brasileiro, defenderia a amazônia como exclusivamente dos brasileiros.
Idealismo x pragmatismo
Das duas uma: ou o Cristóvão Buarque não é humanista de fato ou ele ,pragmaticamente, abriu mão de seu idealismo em favor do pragmatismo. Fico imaginando a impressão que causou ao jovem estudante americano... Afinal: juventude tem tudo haver com idealismo, jamais com pragmatismo.
Não se trata de crítica
Não estou criticando o Cristóvão Buarque gratuitamente aqui não. Não se trata disso.Acontece que vou participar de um encontro supra partidário de jóvens e a questão do idealismo e do pragmatismo me veio à cabeça.Jovem, em geral, é idealista. Se bem que tenho conhecido jovens que, pelo nível de desapego ao idealismo, devem ter bem uns duzentos anos.
nao entendi seu ponto
ResponderExcluirO raciocínio ficou meio confuso mesmo...
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