sábado, 1 de maio de 2010

Por um mundo livre de armas nucleares


"Por um mundo livre de armas nucleares". Este é o título do artigo publicado no Estadão deste sábado,assinado pelo Embaixador dos EUA no Brasil ,Thomas Shanon. Na verdade, o artigo é um convite ao Brasil a associar-se ao trabalho de revigoração do Tratado de Não-Proliferação Nuclear.

Start

Como argumentação ao convite, o embaixador lembra o recente acordo histórico entre EUA e Rússia que ,com o novo "Start",reduziram seus arsenais nucleares.Além disso,lembra que a cada dia aumenta a possibilidade do acesso a armas de destruição em massa por parte de agentes estatais assim como não estatais também. Ele está se referindo inclusive a terroristas.

Elegância

Elegantemente,o Embaixador em nenhum momento faz qualquer referência às recentes manifestações brasileiras favoráveis a que outros países, além daqueles já possuidores de arsenal nuclear, também tenham esse direito. Na verdade, quem defendeu que o próprio Brasil construísse armas nucleares foi o vice-presidente José Alencar.

Equívoco

Pessoalmente,acho um equívoco gigantesco defender a construção de armas nucleares, mesmo que seja sob a alegação da defesa nacional. Acredito no desarmamento radical e pela rigorosa vigilância sobre a proliferação de armas de destruição em massa. Aparentemente, e a história é testemunha desta minha tese, construir uma arma nuclear é mais fácil do que desconstruí-la. Assim,o que pode parecer aceitável em determinado cenário contemporâneo pode se revelar extremamente perigoso no futuro sob outro cenário politico e, aí, o desarmamento certamente será muito mais difícil.

Nova estratégia

O embaixador inclui em seu artigo o anúncio de uma nova revisão da política nuclear que limita os papéis e níveis de armas nucleares na estratégia americana de defesa,assegurando que os EUA não usarão e também não ameaçarão usar armas nucleares contra Estados que participarem do TNP e estiverem em dia com suas obrigações de não proliferação.

AIEA

Segundo o Embaixador, os signatários do TNP devem garantir que a Agência Internacional de Energia Atômica tenha as ferramentas e a autoridade necessárias para realizar a missão de salvaguardar e lidar de forma "honesta e séria" com situações de descumprimento de acordos.

Um comentário: