Essa era para ganhar. Finalmente, depois de duas copas quando nos apresentamos com times apenas regulares, fomos à Espanha com um timaço. Do lateral direito ao ponta esquerda, todo mundo entendia de bola. Apenas o goleiro, o Elzo e Alemão, não era lá essas coisas, apesar de seu desempenho brilhante na fase preparatória.
Craques, craques e mais craques.
O time tinha craques demais. A defesa tinha Leandro,Luizinho, Oscar e Júnior. O meio de campo jogava com Cerezo,Falcão,Sócrates e Zico. O ataque tinha Éder e Serginho. O Serginho chulapa,na verdade, era o terceiro atacante do Brasil. Ficaram para trás o Reinaldo e o Careca, machucados.
Timaço
O Brasil jogou muito bem as primeiras partidas. Mesmo tendo passado apertado contra a União Soviética do goleiro Dasaev já no primeiro jogo, os dois golaços do Eder e do Sócrates, ambos chutes de fora da áreas, garantiram a vitória já na primeira partida.
Campanha impecável
Os outros jogos do Brasil foram impecáveis. Goleamos a Escócia e vencemos a Argentina por 3x1, com direito à expulsão do Maradona depois que ele cravou as travas das chuteiras na barriga do Batista, que estava em campo para marcá-lo. O Brasil jogava "bonito" e , desde então, o expressão 'jogo bonito" tem sido traduzida em todas as línguas para explicar aquele futebol articulado, baseado na técnica e na ofensividade, com pouquíssimas faltas e que encantou verdadeiramente o mundo do futebol.
Itália 3x2 Brasil
Pois acabamos perdendo o decisivo jogo contra a Itália que definiria quem iria disputar as semi-finais. Com uma campanha muito melhor que a italiana, a seleção brasileira sucumbiu pelos seus próprios erros:um do Toninho Cerezo e outro do Júnior, que não saiu da pequena área após um escanteio que possibilitou ao Paolo Rossi marcar o terceiro gol da Itália. A seleção de Telê Santana perdeu e o Brasil chorou com força.
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