segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Exposição de Cambé na Rural! Por quê não?
Pois é , amanhã tenho reunião agendada com o prefeito Pavinato , de Cambé , para tratarmos desta possibilidade. Acho bem razoável , afinal , uma parte importante do Parque Ney Braga está no município de Cambé e a Rural é a Sociedade Rural do Paraná , e não apenas de Londrina. Vamos nos esforçar para viabilizarmos a Exposição Agropécuária e Industrial de Cambé pois o município tem uma agropecuária de altíssimo nível , um parque industrial de respeito e certamente merece ter um evento como este.
Londrina Matsuri 2009
Está chegando! Será entre os dias 04 e 07 de setembro, no Parque Ney Braga. No dia 4 os portões estarão abertos à partir das 18h00 e nos outros dias à partir das 10h00 da manhã. Este ano o evento terá muitas novidades, além de algumas ações educativas especialmente relacionadas com a questão ambiental.
Observatório Fiscal de Londrina
Quarta-feira à noite no auditório da Acil haverá uma reunião preparatória da assembléia de fundação do Observatório de Londrina, que ocorrerá no dia 29 de setembro. A última vez que toquei no assunto por aqui, rapidamente nos alertaram através de um comentário que o ambiente deve ser rigidamente monitorado para que não haja espaço para o uso indevido das informações geradas.
Expô em Cornélio
Hoje às 10h00, ocorreu a aberura oficial da XII Exposição Agropecuária e Industrial de Cornélio Procópio. Destaque para o discurso do Presidente da Sociedade Rural de Cornélio Procópio Pedro Baggio Neto, o Pedrinho Baggio. Abordou aspectos importantes da atual conjuntura agropecuária, reconhecendo acertos e sugerindo, também, providências absolutamente necessárias.
domingo, 30 de agosto de 2009
Yglesias na ExpoLondrina
Calma, não estou falando do Julio Iglesias cantor, estou falando do Belarmino Yglesias, proprietário das churrascarias Rubayat, em São Paulo, Las Linas em Buenos Ayres entre outros restaurantes, até mesmo na Espanha. Pudemos conversar há uma semana, em São Paulo. O Belarmino Yglesias em 2008, esteve na ExpoLondrina participando como palestrante em um seminário internacional sobre carnes bovinas.
Palestra
O Belarmino proferiu uma palestra sobre os hábitos de consumo de carne de qualidade e também sobre suas diferenças no varejo do Brasil, da Argentina e da Espanha, países onde estão presentes suas churrascarias. Quem assistiu adorou porque muitos mitos criados aqui no Brasil à respeito das preferências do mercado foram derrubados por quem atende diretamente ao consumidor, com a carne pronta para o consumo.
Wagyu
O Belarmino Yglesias além de conduzir seus restaurantes no Brasil e no exterior, também é criador. Produz bovinos brangus, angus , suínos ,javali e bovinos da raça japonesa Wagyu. Esta raça é que fornece a carne adequada para a produção do famoso "bife de Kobe"
Cerveja e Carne
Para quem acha que cerveja combina com carne , especialmente com churrasco , fique sabendo que alguns exemplares de bovinos da raça japonesa Wagyu , além de serem alimentados em confinamento , receberem massagem, bebem até cerveja! Tudo isso para produzir a carne mais macia , suculenta , marmorizada e , claro , cara do mundo.
sábado, 29 de agosto de 2009
ONG MAE de site novo
Ontem à noite fui à Estância Patrial, representando a Rural, para acompanhar o lançamento do novo site da ONG MAE, Meio Ambiente Equilibrado.T rabalho voluntário de gente muito, mas muito bem intencionada. Apresentaram um pouco de sua história, de suas ações e evidentemente do novo site, cheio de recursos e bem interessante. O site fica no http://www.ongmae.org.br
ONG MAE na Expolondrina
A ONG MAE participou ano passado da ExpoLondrina. Montaram um ponto de divulgação de suas ações, de venda de mudas, de camisetas e outras coisas mais. Uma das coisas bacanas que apresentaram inclusive com o apoio da Rural, foi a venda de certificados de mudas para o público em geral. Funcionava mais ou menos assim: o cidadão comprava um certificado que garantia que a ONG iria plantar uma muda em uma propriedade rural para fins de recomposição de sua mata ciliar, especialmente na região do corredor ecológico entre o Parque Arthur Thomas e o Rio Tibagi. Além disso, tal certificado garantia o acompanhamento por dois anos do desenvolvimento destas mudas. Com o recurso captado a ONG Mae ainda se encarregaria de remunerar o proprietário através da contratação de sua própria mão-de-obra para a manutenção destas mudas ao longo dos dois anos. Tem gente na cidade que não faz idéia de quanta atenção tem que ser dada a uma mudinha plantada, que ela necessita de coroamento, capina, que está sujeita a geadas e períodos de seca. Não é só plantar.A rigor o que se praticou foi um modelo totalmente independente do poder público de recomposição de mata ciliar e de pagamento por serviços ambientais. Ainda que em uma escala muito pequena, o modelo merece ser avaliado porque integra o cidadão urbano com o desafio econômico que tem que ser suplantado cada vez que se fala em recomposição do meio-ambiente .
Sonho e Realidade
Além de ser apresentado o novo site também nos foi mostrado, ainda que de relance, um pouco da história da ONG através de fotografias. Pudemos perceber claramente como tudo se iniciou a partir do puro idealismo de um grupo de jovens, há alguns anos.
O caminho da materialização do sonho em algo consistente ao longo dos oito anos de existência da ONG MAE emocionou bastante. O Secretário municipal do Meio Ambiente, Carlos Levy, licenciado da ONG para poder exercer o cargo político, mal conseguiu falar quando fez uso da palavra.
O caminho da materialização do sonho em algo consistente ao longo dos oito anos de existência da ONG MAE emocionou bastante. O Secretário municipal do Meio Ambiente, Carlos Levy, licenciado da ONG para poder exercer o cargo político, mal conseguiu falar quando fez uso da palavra.
Pé Vermelho e Bathman: dois super-heróis londrinenses
Também foram apresentados os dois primeiros super-heróis londrinenses: o Pé-vermelho, herói das matas, e o Bathman(não confundir com o Batman!), herói das cidades. Dois personagens de histórias em quadrinhos desenvolvidos pala Associação Londrinense de Quadrinhistas. São personagens comprometidos com as causas ambientais e certamente se tornarão rapidamente populares, pois acompanham um projeto de comunicação com crianças, etc muito legal.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Índices de produtividade não fazem reforma agrária: é uma questão de lógica, não ideológica.
Há cerca de vinte anos, nossos representantes no Congresso Nacional construíram a legislação responsável por ordenar a reforma agrária no Brasil. A partir de então, o conceito da “produtividade”, aliado à desapropriação, fundamentou as ações governamentais objetivando modificar a estrutura agrária no país pela via fundiária. Ao longo desse período e de vários governos, este abordagem de nossa política agrária revelou-se promotora de conflitos e absolutamente inapta a realizar uma reforma da estrutura agrária brasileira. Apenas serviu de fomento à violência e ao conflito, pois em momento algum representou uma postura consensual entre as partes envolvidas.
Tal conceito despreza princípios econômicos básicos ao fundamentar-se em quantidade de produto por hectare, excluindo da questão a rentabilidade ao impor de forma arbitrária metas ao produtor. Não considera que toda atividade produtiva tem seu ponto de equilíbrio econômico e que, muitas vezes, o custo para se atingir uma determinada quantidade de produto, torna a atividade deficitária. Isto é bastante óbvio, mas para fins de reforma agrária, é sumariamente desconsiderado. Além disso, o referido conceito não leva em consideração as perdas de produtividade decorrentes de adversidades climáticas e, tão pouco, considera as dificuldades provenientes de uma crise de preços. Aliás, a obrigatoriedade de se atingir metas de produção, independentemente das condições de mercado, tem sido uma das causas dos desequilíbrios financeiros que criam a necessidade das terríveis renegociações das dívidas agrícolas. Quando isso ocorre, o problema que aparentemente seria apenas dos produtores, passa a ser de toda a sociedade pois as renegociações evidentemente oneram a sociedade como um todo. Planos agrícolas bem elaborados, como este da safra 2009/2010, perdem relevância diante da subversão das regras básicas do mercado impostas pelos referidos índices e metas. E quantas vezes produtores se viram obrigados a produzir muito mais do que deveriam, cientes de que teriam prejuízos, apenas para poderem cumprir seus compromissos com a produtividade oficial.
Surpreendentemente, observa-se uma movimentação política no sentido de se incrementar os índices de produtividade como se esta sistemática fosse, de fato, eficiente e necessitasse apenas de reajustes. Pelo contrário, promover a desapropriação de terras, através da estratégia dos “índices de produtividade” não nos parece ser razoável, até porque, se tal estratégia fosse eficiente, as duas décadas de sua aplicação teriam, definitivamente, sepultado a própria discussão da reforma agrária.Já não se trata de uma questão ideológica , mas de pura lógica, de relação entre causa e efeito e, neste caso , de causa sem efeito.
Diante disso, a posição do setor é clara: não concorda com o incremento dos índices de produtividade. Não concorda porque os últimos vinte anos comprovam que a ferramenta é ineficiente para o fim a que se propõe. Não concorda porque o mundo mudou e a agropecuária brasileira precisa estar inserida de forma competitiva neste ambiente globalizado. Não concorda porque existem outros caminhos capazes de reformar a realidade agrária brasileira, valorizando a agricultura familiar, incentivando o cooperativismo, fomentando a diversificação e a verticalização da produção. Finalmente, não concorda porque entende que já participa diariamente com sua cota de colaboração para a construção de um Brasil mais justo.
Tal conceito despreza princípios econômicos básicos ao fundamentar-se em quantidade de produto por hectare, excluindo da questão a rentabilidade ao impor de forma arbitrária metas ao produtor. Não considera que toda atividade produtiva tem seu ponto de equilíbrio econômico e que, muitas vezes, o custo para se atingir uma determinada quantidade de produto, torna a atividade deficitária. Isto é bastante óbvio, mas para fins de reforma agrária, é sumariamente desconsiderado. Além disso, o referido conceito não leva em consideração as perdas de produtividade decorrentes de adversidades climáticas e, tão pouco, considera as dificuldades provenientes de uma crise de preços. Aliás, a obrigatoriedade de se atingir metas de produção, independentemente das condições de mercado, tem sido uma das causas dos desequilíbrios financeiros que criam a necessidade das terríveis renegociações das dívidas agrícolas. Quando isso ocorre, o problema que aparentemente seria apenas dos produtores, passa a ser de toda a sociedade pois as renegociações evidentemente oneram a sociedade como um todo. Planos agrícolas bem elaborados, como este da safra 2009/2010, perdem relevância diante da subversão das regras básicas do mercado impostas pelos referidos índices e metas. E quantas vezes produtores se viram obrigados a produzir muito mais do que deveriam, cientes de que teriam prejuízos, apenas para poderem cumprir seus compromissos com a produtividade oficial.
Surpreendentemente, observa-se uma movimentação política no sentido de se incrementar os índices de produtividade como se esta sistemática fosse, de fato, eficiente e necessitasse apenas de reajustes. Pelo contrário, promover a desapropriação de terras, através da estratégia dos “índices de produtividade” não nos parece ser razoável, até porque, se tal estratégia fosse eficiente, as duas décadas de sua aplicação teriam, definitivamente, sepultado a própria discussão da reforma agrária.Já não se trata de uma questão ideológica , mas de pura lógica, de relação entre causa e efeito e, neste caso , de causa sem efeito.
Diante disso, a posição do setor é clara: não concorda com o incremento dos índices de produtividade. Não concorda porque os últimos vinte anos comprovam que a ferramenta é ineficiente para o fim a que se propõe. Não concorda porque o mundo mudou e a agropecuária brasileira precisa estar inserida de forma competitiva neste ambiente globalizado. Não concorda porque existem outros caminhos capazes de reformar a realidade agrária brasileira, valorizando a agricultura familiar, incentivando o cooperativismo, fomentando a diversificação e a verticalização da produção. Finalmente, não concorda porque entende que já participa diariamente com sua cota de colaboração para a construção de um Brasil mais justo.
Índices de Produtividade
Impressionante o quanto está indignada a classe produtora diante da possibilidade de haver incremento nos índices de produtividade. Conversei ao longo da manhã com lideranças de Maringá , Apucarana, Cornélio Procópio, Umuarama, Paranavaí, Ponta Grossa etc ... Há uma indignação geral.Ninguém se conforma com a falta de isonomia entre os compromissos exigidos dos produtores e os exigidos de todo o resto da sociedade. Só existem índices de produtividade para os produtores agropecuários. Aliás , nem todos os produtores estão sujeitos a tal imposição. Assentados da reforma agrária não precisam atingir produtividade alguma. Isto é contraditório , estabeler um índice de produtividade que determina , quando não atingido , a desapropriação da terra para reforma agrária e , a partir deste momento essa mesma terra deixa de estar sujeita a qualquer índice...Tem muita gente que acha que assentados também deveriam ter metas de produtividade , igualando-se aos demais produtores. Outros , que o correto seria que todos fossem dispensados dessas metas de produção. Unanimidade absoluta em torno da contrariedade em incrementá-los.Fico imaginando se houvesse índices de produtividade em outros setores da economia. Como seriam?
Índices de Produtividade II
Um índice de produtividade para engenheiros civis seria , também , estranho. Algo como quantidade de casas construídas por ano poderia ser a referência para se determinar se um engenheiro civil seria considerado produtivo ou improdutivo. Ou poderia ser avaliado por metros quadrados de construção , sei lá.Para manter a similaridade com os índices de produtividades rurais , seriam declarados engenheiros improdutivos destituídos de seus diplomas todos aqueles que não construíssem determinada quantidade de metros quadrados ou de unidades de imóveis. Não se levaria em consideração a capacidade financeira deste construtor , a existência de mercado para os futuros imóveis, ou qualquer outra variável absolutamente cabível no ramo da construção . Seria espetacular para os fabricantes de cimento e outros insumos para a construção civil. Mas poderiam haver outros índices de produtividade tão esquisitos quanto o dos engenheiros ou o dos agropecuaristas.
Índices de Produtividade III
Para donas de casa , os índices de produtividade poderiam ser baseados em panelas de feijão. Toda dona de casa seria obrigada a cozinhar duas panelas de feijão por dia, uma no almoço e outra no jantar. Não cumprindo a tarefa ,seria declarada improdutiva. Não, não interessa se essa dona de casa teria dinheiro ou não para adquirir o feijão na feira ou se haveria alguém em casa para consumir. A obrigação seria cozinhar , por decreto. Declarada improdutiva , seria destituída do cargo.Dependendo do casamento, teria muita dona de casa esquecendo de ir à feira...
Índices de Produtividade IV
Para dentistas , imagina-se que um índice de produtividade pudesse ser estabelecido em torno da extração dentária. Cada dentista deveria extrair uma dezena de dentes por semana ,havendo ou não cáries! Não atingindo a meta estabelecida, o profissional teria seu consultório declarado improdutivo e desapropriado para fins de reforma odontológica. O negócio então seria torcer para ir a um dentista com a cota atingida , para que uma dor de dente qualquer não se transformasse em uma banguela. Seria excelente para o desenvolvimento da indústria de dentaduras.
GPS I
Comprei um GPS. Estava em Curitiba e encontrei uma excelente oferta em uma livraria . Como, além de não me locomover bem na Capital paranaense, costumo gaguejar em entrevistas e abertura de eventos, comprei por impulso um livrinho de bolso que ensina a falar em público.Dois problemas resolvidos de uma só vez. E em dez parcelinhas mensais...
GPS II
Para sair de Curitiba , o GPS funcionou perfeitamente. Saí da Secretaria Estadual da Agricultura e cheguei à rodovia sem nenhuma falha.Foi muito bem até Registro , mas então acabou a bateria.Não houve problema algum porque conheço razoavelmente bem São Paulo.Agora , se dependesse do GPS pra voltar a Londrina... Em Ourinhos ele se perdeu e só foi se reencontrar pouco depois de Bandeirantes!
GPS III
O GPS pode ser regulado para optar pelo caminho mais curto ou pelo caminho mais rápido.Regulei para andar aqui em Londrina , apenas para testar, pelo modo "mais curto".Como resultado , hoje passei por ruas que não passava há muito anos. Passava por esses caminhos mais curtos quando andava por aí à pé, antes do meu primeiro carro.(um inesquecível Voyage vermelho!).Foi bacana.Vou manter o GPS desse jeito por mais alguns dias, só para matar a saudade.
Centenário de Celso Garcia
Caso Celso Garcia estivesse vivo , completaria 100 anos no dia 30 de abril de 2010 , logo após o encerramento da Expolondina 2010 , a nossa exposição do cinquentenário.Seu nome está historicamente ligado ao da Sociedade Rural do Paraná , apesar de jamais ter presidido nossa instituição. Mas fez tanto por nossa Rural e pela nossa pecuária , que nem precisou.
Celso Garcia Revolucionou a Pecuária Brasileira.
A pecuária brasileira tornou-se a mais competitiva do mundo e nos tornamos os maiores exportadores de carne bovina graças ao "Seu Celso". A importação da genética Zebuína que ele promoveu , enfrentando a proibição federal de importação de gado indiano , narrada em livro de Domingos Pelegrini, modificou o perfil genético de nossa pecuária , abriu as portas para a importação de genética similar por outros criadores e revolucionou a pecuária brasileira definitivamente.A sua impetuosidade e ousadia trouxe benefícios a todos nós , sejamos produtores, pecuaristas ou , simplesmente, brasileiros.
Eu Me Lembro do Cortejo
Quando o sr. Celso Garcia Cid faleceu, minha família reuniu-se toda na casa de meu avô, antes do início do cortejo fúnebre. Meu avô morava na Rua Pio XII, entre a rua Belo Horizonte e a Av. Higienópolis, pertinho da residência do "Seu Celso". Lembro-me de nossa família reunida, do carro do Corpo de Bombeiros e de muita gente acompanhando o cortejo.
Observatório de Londrina
Já existe uma boa movimentação em torno de uma idéia muito interessante: a criação do "Observatório Fiscal de Londrina" o nome é provisório). Trata-se de uma organização civil que terá como missão atuar como um órgão fiscalizador da aplicação de recursos públicos de forma, inclusive preventiva, atuando especialmente durante a realização dos processos licitatórios. A meta é evitar a consumação de erros que possam levar ao desperdício e mau uso dos recursos públicos municipais. Não se trata de uma nova "ïdéia brilhante" de alguém em busca de projeção política. Pelo contrário, pelo fato de ter uma área de atuação muito bem definida e contar com métodos técnicos de operação, poderá vir a tornar-se um excelente espaço para que pessoas, instituições e empresas possam colaborar com a própria cidade, sem nenhum tipo de conotação partidária. Já existem "Observatórios" como este em diversas cidades brasileiras e o londrinense se utilizará de modelos bem sucedidos para formatar sua atuação.
Telefonema de D.Guiomar Moreira
Quem me telefonou recentemente foi D. Guiomar Moreira. Sócia atuante, acompanha atentamente tudo o que se passa aqui na SRP. Desta vez telefonou para, entre outros assuntos, dizer-me que havia assistido na TV a uma longa entrevista do Delfin Neto na qual por diversas ocasiões, a Rural fora citada. Tratava do plano de safra 2009/2010, lançado pelo Presidente Lula. Ela telefonou e disse que como londrinense, sentia-se orgulhosa. Bacana este amor que sentimos pela nossa terra.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Roma Agrária
Roma foi fundada assim como a maioria das Repúblicas antigas, sob uma lei agrária a qual dividia o território segundo critérios específicos, entre os diferentes cidadãos. Entretanto os casamentos, sucessão e alienações desaranjavam este ajustamento original gerando concentração de terras. Para tentar coibir esta concentração de terras que äquela época tinham um impacto brutal sobre os homens pobres e livres, instituiu-se uma lei que limitava a extensão de terras a qualquer cidadão em 500 "jugera" que equivale, se não errei na conversão, a algo em torno de 175 hectares.
Lei burlada e negligenciada
A tal lei agrária sempre foi burlada e negligenciada o que propiciava a diferenciação de riquesas. A maior parte da população acabava sem possuir nenhuma terra o que em função especialmente da existência da escravidão, tornava impossível a um homem livre manter sua independência.
Importância da Terra na Roma Antiga
Na Roma antiga a terra era fundamental. Principalmente para um homem livre pobre pois, tanto o trabalho nas áres rurais, quanto as atividades do comércio e das manufaturas eram realizadas pelos escravos dos homens ricos. Assim, não havia nenhuma oportunidade de emprego para um homem livre e pobre.
Questão Eleitoral
O fato da legislação agrária da Roma antiga não ser respeitada, não quer dizer que não tivesse utilidade. Para fins eleitorais era muito utilizada. Quando os candidatos às eleições gerais romanas tinham a intenção de instigar o povo contra os ricos e poderosos, habitualmente lembravam da antiga divisão de terras e descreviam a lei que restringia as dimensões da propriedade rural privada como a lei fundamental da república!
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Colônias Romanas
Como o povo estimulado pelos políticos de então, vociferava por terras e os poderosos recusavam-se a ceder qualquer porção de terras, resolvia-se a questão enviando os pobres para uma nova colônia qualquer. Haviam outros interesses que favoreciam este processo de colonização, inclusive militares. Entretanto, para se ter uma idéia da importância da questão agrária no processo colonizatório da Roma antiga o termo "colônia",em latin, designa simplesmente uma plantação.
Reforma Agrária em eleições aqui também
Como na Roma antiga é só nos aproximarmos de eleições para a questão agrária esquentar. Aqui o combustível é a revisão dos índices de produtividade que em 2006, antes das eleições presidenciais, pautaram os defensores da reforma agrária sincronizada com eleições...O texto postado a seguir foi escrito em junho de 2006!!
sábado, 22 de agosto de 2009
Indices de Produtividade e Desapropriações:duas décadas de conflitos
O processo de Reforma Agrária brasileiro parte de premissas equivocadas e se utiliza de estratégias ineficazes. O erro inicial é fundamentar a reforma agrária na reforma fundiária. Parece até que se trata da mesma coisa. Mas reformar a estrutura agrária brasileira não deveria lastrear-se exclusivamente na reforma fundiária. Trata-se de algo muito mais amplo e que, dependendo do objetivo final, poderia seguir outros caminhos. Pois como se limita basicamente à questão fundiária, a única estratégia elaborada para conseguir tal objetivo foi inventar o critério de se avaliar uma propriedade através de índices de produtividade e, a partir disto, desapropriar aquelas que sejam consideradas improdutivas. O ruim disto tudo é que ninguém se lembrou de combinar com os proprietários das terras, que jamais concordaram com tal mecanismo, o que gerou, resumidamente, duas consequências principais: conflito e a não realização da tal reforma agrária. Aliás, a própria persistência da reinvidicação feita pelos movimentos sociais por reforma agrária é a prova irrefutável de que as ferramentas e métodos, índices de produtividade e desapropriações, não são eficientes para reformar coisa alguma! Faz vinte anos que isso não funciona e, surpreendentemente, volta a discussão pela revisão dos índices de produtividade! Esse caminho gerou, sim, foi muita violência. É por isso que ser contra ou a favor da revisão dos índices de produtividade já deixaram de ser uma questão ideológica: trata-se apenas de lógica.
Em Busca da Paz
Tem muita gente que ainda busca a paz. A psicóloga Flaviana Zilio é uma delas. Dia destes esteve na Rural literalmente se aprentando. Além de ser formada em Psicologia pela USP, passou um tempo na EPU, European University for Peace and Confflict Studies onde essencialmente, estudou não apenas formas de apaziguar conflitos como também pode estudar, identificar e eleger áreas de conflitos humanos e sociais preferenciais para atuação. O desenvolvimento rural faz parte destas áreas e é por isso que esteve, quando voltou ao Brasil, visitando e vivenciando o cotidiano de um assentamento em Getulina, SP . Produziu um documentário interessantíssimo com os assentados, todos ex-militantes do MST, que agora são pequenos produtores rurais. Seu documentário relata uma seqência de conflitos que se iniciam no processo de invasão das terras, depois na implantação do assentamento e, finalmente, na aplicação da política agrícola. O chocante é que os conflitos e enganos , que se estendem por décadas, acabam por consumir as vidas de todas as pessoas envolvidas , corroendo o presente de cada uma delas de forma irrevogável, irreversível, selando destinos.
Homenagem ao produtor Herbert Arnold Bartz
O produtor Arnold Bartz será homenageado no dia 27 de agosto, lá na Associação Cultural e Esportiva de Mauá da Serra (ACEM), pelo recebimento da medalha do mérito Apolônio Salles, honraria recebida pelos relevantes serviços prestados à agricultura brasileira. Trata-se daquela medalha que recebeu das próprias mãos do Presidente Lula na ocasião do lançamento do plano safra 2009/2010. Será às 20h e quem organiza o evento é o Grupo de Produtores Rurais em conjunto com a ACEM e a Comissão Pró-Construção do Museu Regional Histórico do Plantio Direto.
Reunião no Sidicato Rural
Os produtores de trigo se reuniram, quinta-feira, no Sindicato Rural para discutirem as causas da perda de produtividade desta safra em nossa região. Quem representou a Rural foi o nosso diretor Sampaio, excelente produtor de milho, soja e trigo. A discussão que aparentemente não é tão complicada, está carregada de detalhes que podem gerar consequências importantíssimas. Que haverá perda de produtividade, isso é inegável. A causa: doenças, em especial o brusone, que é uma doença fúngica. Aí é que vem o problema. Produtores tiveram suas lavouras comprometidas mesmo fazendo quatro ou cinco aplicações de fungicida! Porque o fungicida não funcionou? Falta de eficácia do produto? Pouco tempo de atuação devido ao excesso de chuvas que, por si só, já aumenta a incidência do brusone? É a pergunta a ser respondida e tem especial importância porque o seguro agrícola não cobre perdas por doenças que possam ser tratadas. Havendo perdas por adversidades climéticas, há cobertura pelo seguro. Havendo perdas por doenças: não. Mas se o produtor fez o tratamento e mesmo assim as doenças prevaleceram, de quem é a culpa? Do clima atípico? Da orientação agronômica ou do fabricante do fungicida que não funcionou? Perguntas que deverão ser respondidas, necessariamente...
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Visita Verde
Quem passou rapidamente pela Rural, hoje, foi o Marcos Coli, presidente do Partido Verde em Londrina. Conheci o Marcos durante as eleições para prefeito. Ele candidato, visitou a Rural e debateu sua plataforma de governo com sócios e diretores. O aumento da importância da temática ambiental e a ampliação da abrangência de atuação torna o Partido Verde uma força partidária muito atual e com forte apelo eleitoral, em minha opinião. A possibilidade da senadora Marina Silva candidatar-se à presidência e o impacto desta notícia na corrida presidencial sugere que o Partido Verde terá um papel importante na sucessão do Presidente Lula.
O Verde Violentou o Muro
Esse é o título de um livro de Ignácio de Loyola Brandão. Foi lendo este livro que pela primeira vez ouvi falar do movimento verde. O livro relatava um período da vida do escritor em Berlim e , após tantas descobertas na terra alemã, acabou elegendo o movimento verde como o que melhor representava a vanguarda em uma cidade que era,àquela época, uma legítima representante da vanguarda ocidental É o que me lembro , até porque faz muito tempo que li esse livro.
Fui a Berlim antes do Muro cair
Fui a Berlim em janeiro de 1986.Fui com meus irmãos, de mochila, dormindo em albergues e , às vezes, em estações de trem. O Muro ainda estava de pé , cercando Berlim ocidental. Fomos de trem , atravessando a Alemanha comunista em uma composição militar russa que nos levou , sem nenhuma parada , até Berlim ocidental.Existiam corredores ferroviários e aéreos que permitiam à Berlim ocidental comunicar-se com a Alemanha capitalista e o resto do mundo. Para passar o muro e entrar na Alemanha comunista , conseguimos vistos de 24hs e fomos de metrô , fazendo alfândega em uma estação.
Do Lado de Lá
Berlim oriental era sombria, cinza.Tivemos sorte porque ,ainda na fila da imigração, conhecemos um jovem alemão que havia nascido no Rio Grande do Sul e vivido no Brasil até os três anos de idade e que acabou nos acompanhando e sendo intérprete durante as poucas horas que nos autorizaram a permanecer em Berlim oriental. Isso foi ótimo porque naquela época ninguém falava inglês na Alemanha Oriental e eu falava apenas alguma poucas palavras em alemão.Como a temperatura era de absurdos 27 graus negativos , logo que saímos do metrô (gratuito!) fomos para um bar (estatal!).Lá conhecemos algumas garotas do interior que, sem nenhuma cerimônia ,nos pediam para que as levassem embora conosco. Não ,não era amor , não. Era a busca pela liberdade. Elas achavam injusta a proibição para se sair da Alemanha do regime comunista. Sentiam-se prisioneiras em seu próprio país.Fomos , depois de tomarmos cerveja (acompanhada de champanhe, sei lá porquê!),à uma loja de departamentos e presenciamos o atraso tecnológico que viviam na época. Tvs, apenas preto e branco , aparelhos de som rudimentares e nenhum , absolutamente nenhum item turístico que pudesse ser adquirido como uma lembrança. Acabei levando de volta, como recordação, alguns marcos(a moeda deles à época) orientais que , além de não possuírem nenhum valor do lado ocidental , eram proibidos de serem levados ao exterior.
Do Lado de Cá
O lado ocidental de Berlim era fantástico. Tudo funcionava perfeitamente. O Trânsito era organizadíssimo , o comércio repleto de novidades de todo o mundo , as atrações artísticas de alto nível , ônibus modernos e até o albergue da juventude era bem melhor do que em outros lugares.Era uma vitrine perfeita da pujança capitalista."O Museu da Fuga" tinha um acervo que nos mostrava toda a engenhosidade que os alemães orientais empregavam para fugir para o lado ocidental.Fundos falsos em automóveis , mini-submarinos , "tirolesas" amarradas entre edifícios e automóveis e muito mais. Havia também sequências fotográficas dramáticas registrando tentativas de fuga e o abate sumário dos infelizes por soldados de fronteira. Em alguns lugares ,ao longo do Muro de Berlim,encontrávamos mirantes para que pudéssemos espiar o lado de lá.Como pode ter existido o Muro de Berlim?
Visita do Vico
O Vico , ou melhor , o Otávio Cesário Pereira Neto , presidente do Democratas de Londrina passou aqui pela presidência da Rural. Veio ao Parque Ney Braga para acompanhar o simpósio promovido pela a ANPBC e aproveitamos para conversar um pouco. Nós nos elegemos juntos aqui na Rural: eu como Presidente e ele como Diretor Administrativo Financeiro. Em determinado momento , quando assumiu a presidência da executiva provisória dos Democratas de Londrina , solicitou licença do cargo da Rural para que o processo eleitoral para a sucessão na prefeitura de Londrina de alguma maneira não comprometesse a gestão de nossa entidade.
Celso Marconi também esteve por aqui
O Celso também esteve por aqui. Aliás , agora que retornou de sua licença , voltou a ser um conselheiro atuante e participativo.
Licença quase Definitiva
O Celso Marconi pediu licença do Conselho de Administração da Rural quando aceitou a indicação do Democratas para compor a chapa do Hauly, como candidato a vice-prefeito. A licença quase transformou-se um afastamento definitivo pois a dupla brigou até o terceiro turno e por pouco não venceu as eleições.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Evento da ANPBC foi um Sucesso
O Seminário da carne promovido pela ANPBC foi um sucesso. Muitos produtores estiveram hoje à tarde no recinto Milton Alcoover durante as palestras. Agora à noite, o leilão de gado de corte, mesmo debaixo de um dilúvio, estava indo muito bem, atingindo bons preços, o que não é nenhuma surpresa quando se trata de gado bem selecionado e evento bem organizado. A surpresa ficou por conta das goteiras no recinto Abdelkarin Janene. Faz menos de dois anos que trocamos totalmente a cobertura do recinto de leilões e já apresenta goteiras novamente. A verdade é que o recinto como um todo está precisando de um trato. As cadeiras estão com a pintura descascando e uma série de outros detalhes precisam ser verificados. O Recinto José Garcia Molina já está totalmente revisado, parecendo novo. A Casa do Criador também, só faltando renovar a pintura.É o desafio diário da manutenção do Parque Ney Braga mas acredito que nosso cronograma de manutenção esteja bem planejado tanto sob o ponto de vista cronológico quanto orçamentário.
Um Evento Gastronômico em Novembro
A idéia de um evento gastronômico na Rural em novembro foi apresentada hoje pela Marilu Max e o Ricardo Luca. A Marilu, veterinária especializada em reprodução de ovinos e o Ricardo, presidente da Cooercapanna, uma cooperativa especializada na produção de carnes nobres de ovinos, reservaram datas para promoverem um evento gastronômico em torno da carne de cordeiro em meados de novembro. Solicitaram apoio da Rural que, evidentemente, já foi confirmado. A idéia é aproveitar a proximidade do Natal, época que tradicionalmente aumenta o consumo de carne ovina e divulgar cortes e formas de se preparar a carne de cordeiro. Tenho certeza de que o evento será sucesso. A Marilu promoveu através de sua empresa de assessoria, um excelente evento técnico sobre ovinos há algum tempo aqui mesmo na Rural e a Coopercapana, que tem sua sede aqui no Parque Ney Braga é um exemplo de competência e de organização. Certamente nossa diretora de ovinocultura, Ana Marta, poderá contribuir para o sucesso do evento.
Narciso Pissinati
O nosso vizinho e Presidente do Sindicato Rural de Londrina Narciso Pissinati esteve reunido comigo hoje à tarde. Veio reforçar o convite para que participasse da reunião do NURESPAR, o Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Norte e Noroeste do Paraná. O encontro será aqui na Rural, na Casa do Criador, dia 22 de agosto e contará com palestras sobre seguro rural e legislação trabalhista. Além das palestras, haverá almoço. Adoro ser convidado para "solenidade de almoço" mas desta vez não poderei ir, pois não estarei em Londrina no dia do evento. A Rural será representada pelo vice-presidente Fernando Prochet. Também agendamos um encontro quinta-feira, desta vez lá no Sindicato Rural para discutirmos a situação das lavouras de trigo da região. Além de produtores, estarão presentes representantes da Embrapa, do Iapar e também do Banco do Brasil
Excesso de Chuvas ou Falta de Pesticidas ?
Esta questão é mais importante do que se imagina. A cultura do trigo é fortemente segurada, até porque conta com apoio tanto do governo federal quanto do governo estadual para o pagamento do prêmio de adesão. Entretanto, o seguro cobre perdas por adversidades climáticas e não por falta de controle de doenças ou pragas. Muitas das perdas deste ano serão decorrentes do ataque do brusone que é uma doença fúngica que, ao menos teoricamente, poderia ter sido controlada com aplicações de fungicidas. Na prática, produtores fizeram quatro ou cinco aplicações em suas lavouras e mesmo assim o brusone prevaleceu. Aparentemente o excesso de chuvas , que é uma condição climática totalmente atípica nesta época do ano em nossa região, é o verdadeiro responsável pelo comprometimento da produção do trigo e não qualquer falta de trato cultural.
Segunda-feira Movimentada
Segunda-feira é sempre movimentada , na Rural. Esta , especialmente , foi das boas. Além da reunião conjunta entre o Conselho de Administração e este Diretor Presidente e a reunião ordinária semanal da diretoria executiva , o Parque Ney Braga esteve movimentado por outros eventos em suas dependências.
Assembléia da Corol
Um dos eventos realizados nesta segunda-feira aqui na rural foi a Assembléia da Corol.Foi durante o período da tarde e contou com a participação de muitos produtores. Aliás, a Corol tem um modelo de agroindustrialização, de verticalização da produção agrícola interessantíssimo. A Corol industrializa café, suco de laranja, suco de uva, cana-de açucar, com produção de açúcar e álcool e inicia agora um projeto de construção de um moinho de trigo. E eu devo ter esquecido de alguma coisa. Desta maneira, industrializando a matéria-prima por aqui, agrega-se valor à produção regional, gera-se empregos e uma série de benefícios que se estendem à toda a sociedade, não se limitando à comunidade agropecuária. Aqui no Blog tem um texto que elaborei há algum tempo, quando a Rural identificou como uma de suas prioridades a defesa da agroindustrialização regional. O texto é "Agroindustrialização: opção preferencial".
Reunião da John Deere no Antônio Fernandes Sobrinho
No período da manhã houve palestra no auditório Antônio Fernandes Sobrinho promovido pela John Deere. Além do encontro teórico realizado no auditório, trouxeram para o parque Ney Braga algumas máquinas para que os convidados pudessem conhecê-las de perto.
Reunião da Prefeitura
A reunião de trabalho da prefeitura que estava inicialmente programada para estender-se durante o sábado e a manhã de domingo, aqui na Rural, estendeu-se até a manhã desta segunda-feira. Segundo fui informado , o encontro do secretariado e do alto escalão da administração municipal trabalhou em torno do planejamento estratégico que evidentemente, é essencial para uma boa administração.Deu muita vontade de ir lá dar palpite , mas me contive...
Leilão da ANPBC
Hoje tem leilão da ANPBC, Associação Nacional dos Produtores de Bovinos de Corte.É o quarto leilão que a associação promove e faz parte da programação do I Simpósio de Carne Bovina. A ANPBC foi fundada na época da crise da febre aftosa e teve como primeiro presidente o André Carioba. Na ocasião, alguns criadores achavam que a ANPBC poderia ter uma ação conflitante aos interesses da Rural, o que discordei e discordo. Tal qual uma associação de criadores de qualquer raça bovina, essa associação se atenta aos aspectos específicos da produção de bovinos de corte e, desta forma, atua de forma complementar à Rural .Da mesma maneira que abrigamos em nosso parque a Associação Paranaense dos criadores de Nelore, a Associação Brasileira dos Criadores de Limousin, entre outras associações, a ANPBC ocupa uma de nossas salas e reforça a representatividade da Rural. Atualmente, a ANPBC é presidida pelo José Antônio Fontes.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
O JL e o Agronegócio
A jornalista Stella Meneghel fez uma excelente matéria no JL abordando a importância do Agronegócio na economia regional. Trata-se de uma vocação natural de nossa região potencializada por algumas vantagens competitivas: Embrapa, Iapar, UEL,clima, a própria terra roxa etc... Londrina merece ter uma política específica para o setor , ampliando a competitividade regional para a implantação de projetos agroindustriais. Há algum tempo a Folha de Londrina publicou o artigo abaixo, "Agroindústria: Opção Preferencial" , ocasião em que abordamos alguns aspectos positivos da agroindustrialização regional.
Agroindústria: opção preferencial
A presença da Agroindustria no norte do Paraná não é nenhuma novidade. Companhias de café solúvel, moinhos de trigo, laticínios e algumas outras plantas agroindústriais fazem parte de nosso cotidiano, perfeitamente inseridas no contexto londrinense. Entretanto, nos parece que é chegado o momento de nossa região assumir a agroindustrialização como uma opção preferencial para o seu desenvolvimento, tanto pelos benefícios que esta opção poderia proporcionar, quanto pela conjunto de fatores que nos tornam absolutamente competitivos perante outras regiões.
Quanto aos benefícios que a agroindústria proporciona, o que mais chama a atenção é o fato de que estes se irradiam pelos mais diversos setores da economia e da sociedade . A Agroindústria gera empregos, como qualquer outro empreendimento, mas a geração de empregos, neste caso, tem a particularidade de irradiar-se tanto nas áreas urbanas quanto na zona rural pois, tanto o processo industrial urbano quanto a produção rural da matéria-prima, absorvem a mão-de-obra. Além disso, a demanda por mão-de-obra não se resume à mais especializada e qualificada, pois desencadeia-se também a demanda pela mão-de-obra puramente braçal, inserindo no setor produtivo um amplo e variado espectro de trabalhadores. A oferta de empregos na zona rural e o aumento da renda através da diversificação agropecuária permitem a fixação do homem no campo, colaborando para a solução de graves problemas sociais. Tais efeitos previnem e combatem, por exemplo, o tão falado êxodo rural, evitando o inchaço das periferias urbanas. A geração de empregos de perfil tão variado, aliada à intensificação e a diversificação da produção agropecuária, tem a capacidade de quebrar o círculo vicioso que expulsa o homem da terra e, depois, o leva de volta, agregado a movimentos sociais, gerando os indesejáveis conflitos no campo.
Nossa região possui condições muito particulares que atestam a vocação preferencial pela Agroindústria. Nossa terra roxa possui uma fertilidade inigualável, possibilitando que aqui seja conduzida a mais exigente atividade agrícola. Nosso solo, ao contrário de outras regiões do país, não é um fator limitante. É, na verdade, uma vantagem competitiva, viabilizando a prática de uma variadíssima gama de culturas. Até mesmo nossa latitude privilegiada, estamos sobre o trópico de capricórnio, possibilita-nos produzir tanto culturas tipicamente tropicais, quanto aquelas de clima temperado, muitas vezes lado a lado. Não param por aí nossas vantagens competitivas. Londrina ainda tem o privilégio de sediar as duas mais importantes instituições de pesquisa agropecuária do país: a Embrapa e o Iapar. Tal fato, somado à presença de quatro universidades, nos garante a vanguarda em todas as fases do processo, desde a produção da matéria-prima, até o processamento industrial, passando pelos setores administrativo, comercial , financeiro etc...
Londrina, desde 1975, está a procura de sua nova identidade. O espetacular ciclo do café, que se encerrou com a brutal geada daquele ano, deixou em todos nós parâmetros de crescimento e de riqueza inigualáveis, que muitas vezes despertam o sentimento da nostalgia. Esperar que Londrina reviva a fantástica pujança daqueles tempos, seria contar com o improvável. Entretanto, enfrentar o desafio de acrescentarmos um novo e poderoso elemento à nossa matriz econômica regional, preferencialmente, parece-nos não apenas factível mas, também , provocante e inspirador.
Quanto aos benefícios que a agroindústria proporciona, o que mais chama a atenção é o fato de que estes se irradiam pelos mais diversos setores da economia e da sociedade . A Agroindústria gera empregos, como qualquer outro empreendimento, mas a geração de empregos, neste caso, tem a particularidade de irradiar-se tanto nas áreas urbanas quanto na zona rural pois, tanto o processo industrial urbano quanto a produção rural da matéria-prima, absorvem a mão-de-obra. Além disso, a demanda por mão-de-obra não se resume à mais especializada e qualificada, pois desencadeia-se também a demanda pela mão-de-obra puramente braçal, inserindo no setor produtivo um amplo e variado espectro de trabalhadores. A oferta de empregos na zona rural e o aumento da renda através da diversificação agropecuária permitem a fixação do homem no campo, colaborando para a solução de graves problemas sociais. Tais efeitos previnem e combatem, por exemplo, o tão falado êxodo rural, evitando o inchaço das periferias urbanas. A geração de empregos de perfil tão variado, aliada à intensificação e a diversificação da produção agropecuária, tem a capacidade de quebrar o círculo vicioso que expulsa o homem da terra e, depois, o leva de volta, agregado a movimentos sociais, gerando os indesejáveis conflitos no campo.
Nossa região possui condições muito particulares que atestam a vocação preferencial pela Agroindústria. Nossa terra roxa possui uma fertilidade inigualável, possibilitando que aqui seja conduzida a mais exigente atividade agrícola. Nosso solo, ao contrário de outras regiões do país, não é um fator limitante. É, na verdade, uma vantagem competitiva, viabilizando a prática de uma variadíssima gama de culturas. Até mesmo nossa latitude privilegiada, estamos sobre o trópico de capricórnio, possibilita-nos produzir tanto culturas tipicamente tropicais, quanto aquelas de clima temperado, muitas vezes lado a lado. Não param por aí nossas vantagens competitivas. Londrina ainda tem o privilégio de sediar as duas mais importantes instituições de pesquisa agropecuária do país: a Embrapa e o Iapar. Tal fato, somado à presença de quatro universidades, nos garante a vanguarda em todas as fases do processo, desde a produção da matéria-prima, até o processamento industrial, passando pelos setores administrativo, comercial , financeiro etc...
Londrina, desde 1975, está a procura de sua nova identidade. O espetacular ciclo do café, que se encerrou com a brutal geada daquele ano, deixou em todos nós parâmetros de crescimento e de riqueza inigualáveis, que muitas vezes despertam o sentimento da nostalgia. Esperar que Londrina reviva a fantástica pujança daqueles tempos, seria contar com o improvável. Entretanto, enfrentar o desafio de acrescentarmos um novo e poderoso elemento à nossa matriz econômica regional, preferencialmente, parece-nos não apenas factível mas, também , provocante e inspirador.
domingo, 16 de agosto de 2009
Porto Ubá
Estive em Porto Ubá, no rio Ivaí , na manhã deste domingo. Fazia tempo que não visitava a região e aproveitei e fui um pouco mais adiante , até Ivaiporã. A região é muito bonita. Aliás, para quem gosta de paisagem rural ir de Londrina a Ivaiporã nesta época do ano sempre é muito bonito porque os campos estão em pleno cultivo do trigo. Infelizmente, a safra de trigo vai quebrar muito nesta região. O excesso de chuvas tornou o combate ao "brusone" impossível e, apesar de aos olhos leigos parecer que o trigo está bonito, os cachos não granaram, estão vazios...
4º Rural Tecnoshow
A programação do 4ºRural Tecnoshow ainda não está totalmente definida mas devemos incluir uma ampla discussão sobre o trigo. O Brasil que é uma potência agropecuária, é o maior importador mundial de trigo. O Brasil consome pouco mais de 10 milhões de toneladas de trigo anualmente mas só produz seis milhões de toneladas. O Paraná é responsável por cerca de 60% desta tonelagem.
Pão Verde e Amarelo
Normalmente, compramos o trigo ou sua farinha da Argentina porque o Brasil consome dez milhões e meio de toneladas do grão, mas só produz seis milhões de toneladas. Mais da metade dessa tonelagem já é produzida aqui no Paraná e talvez seja o momento de buscarmos não apenas o aumento de nossa produção, mas auto-suficiência.
Tal reflexão surge em função da surpreendente quebra da safra argentina em cerca de 50% e, mesmo considerando a garantia de fornecimento por nossos vizinhos do Mercosul e a possibilidade de importarmos o grão de outros países, não resta dúvida que podemos experimentar a sensação desconfortável da perspectiva do desabastecimento e da dependência de um fornecedor estrangeiro. Até hoje, nossa auto-suficiência jamais foi alcançada pela dificuldade em produzirmos o cereal a preços internacionalmente competitivos. Isto se deve porque nosso clima não é exatamente o mais adequado e também porque o mercado conta com fornecedores altamente subsidiados, especialmente os do hemisfério norte.
Aliás, historicamente a cultura do trigo tem sido objeto de políticas intervencionistas. Subsídios tanto à exportação quanto à produção do trigo sempre fizeram parte da política agrícola de muitos países preocupados em garantir sua independência alimentar sob qualquer circunstância. Na Inglaterra do séc.XVI, esta obsessão pela auto-suficiência incluía tanto subsidio a exportação, em um evidente estímulo à produção nacional, quanto a proibição radical de se comprar trigo para fins de revenda, como uma tentativa de se evitar a especulação em torno do alimento básico da população inglesa. O eventual atravessador flagrado era, vejam só, condenado a dois meses de prisão em uma primeira infração, há seis meses em caso de reincidência e condenado ao pelourinho e preso por tempo indeterminado, com confisco de todos os seus bens em caso de uma terceira infração. Tudo isso como estratégia para se garantir que o pão chegasse sempre aos lares da Grã Bretanha.
Nos dias de hoje, para atingirmos a auto-suficiência na produção do trigo não resta dúvida de que também precisaremos de políticas específicas, evidentemente adaptadas aos nossos tempos. Certamente podemos abrir mão do pelourinho. Neste sentido, algumas iniciativas absolutamente contemporâneas já estão sendo tomadas tanto pelo governo paranaense quanto pelo governo federal. O Governo do Paraná, por exemplo, irá destinar recursos do Fundo de Desenvolvimento Econômico para complementar o custeio do seguro da cultura na ordem de 15 a 30 % do valor total. Estes percentuais, somados aos 70% já provenientes do governo federal, podem garantir o custeio total do seguro agrícola do trigo. Tal medida certamente estimula o plantio de trigo em nosso estado, pois, segurado, o produtor não estará sujeito a um revés financeiro se houver quebra na produção por adversidade climática. Na mesma esteira, o governo federal tem sinalizado que pretende estimular o plantio do trigo ao anunciar preços mínimos adequados e especialmente quando, mesmo diante do atual cenário, optou por manter a TEC do trigo , evitando uma inconveniente queda nos preços. Entretanto, isto ainda não é o suficiente e é por isso que produzimos apenas um pouco mais da metade de nosso consumo.
Para atingirmos a auto-suficiência necessitamos de um plano abrangente, amparado na decisão política de construirmos nossa independência, que inclua não apenas o apoio e proteção à produção e a comercialização, mas que também inclua o essencial investimento em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias. Necessitamos de um conjunto de medidas que sejam capazes de tornar o Brasil absolutamente imune às quebras de safra da Argentina ou de qualquer outro país e, isto é importante, internacionalmente competitivo a médio prazo.
É claro que ao menos por enquanto poderá se dizer que uma política de incentivo à produção do trigo poderá encarecer o produto internamente, o que seria indesejável. Entretanto, a independência neste caso deve ser vista como uma decisão estratégica, tal qual aquela tomada quando se criou o pró-alcool ou quando se optou por investimentos na prospecção do petróleo ao invés de simplesmente adquirirmos gasolina no mercado internacional, mesmo quando os preços eram convidativos. Hoje, nossa matriz energética é a mais limpa do mundo e em breve, pasmem, o petróleo que será extraído no “Pré Sal” nos tornará não apenas totalmente independentes da importação do petróleo, mas também grandes exportadores o que justifica plenamente a opção estratégica em detrimento da decisão simplesmente analisada pelo ponto de vista econômico.
A decisão que podemos tomar é novamente estratégica. Um amplo debate envolvendo produtores, técnicos, pesquisadores e os Governos Estadual e Federal certamente poderá construir as bases de um plano que tenha como objetivo tornar a produção de trigo brasileira, e em especial a paranaense, capaz de abastecer totalmente o mercado interno em um curto espaço de tempo. Aí então, faça chuva ou faça sol, na Argentina ou em qualquer outro país, passaremos a consumir o verdadeiro pãozinho verde e amarelo, tupiniquim, e não mais o pão de los hermanos, feito de trigo importado do país vizinho
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Seminário Estadual de Negócios Internacionais
O Ministro Sérgio Couri retransmitiu à Rural , à pedido da FIEP e do Banco do Brasil,convite para o VI Seminário Estadual de Negócios Internacionais. Programação muito boa:incentivos fiscais, drawback e financiamentos ao comércio exterior brasileiro.O evento contará com conferência do especialista em inovação empresarial , Silvio Meira , consultor do Banco Mundial e da ONU.Será no dia 3 de setembro , em Curitiba
EREPAR
O Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores no Paraná (EREPAR) , tem sido especialmente atencioso coma Sociedade Rural do Paraná ao longo destes três últimos anos. Visitantes e expositores internacionais de nossa Expolondrina tem contado com a pronta atenção , muitas vezes pessoal do Ministro Sérgio Curi , sempre que foi preciso.
Jantar com o Sarney
Jantei com o José Sarney, há três anos mais ou menos. Mas foi o filho, o José Sarney Filho. Na ocasião, além do deputado, participaram do jantar o próprio Ministro Sérgio Couri e o Governador Requião. Entre outros assuntos, pudemos falar um pouco sobre literatura e, para a minha surpresa, apenas eu jamais havia lido algo do acadêmico José Sarney,o pai. Aliás, teceram elogios ao romance Saraminda, diziam ser muito bom. Quanto ao livro de poesias Marimbondos de Fogo, foram mais reservados. Decidi após o jantar que iria ler o romance mas, confesso, até hoje não cumpri a promessa.Agora, sobre o José Sarney pai tenho lido bastante recentemente ...
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
O Presidente Lula Recebeu a Carta
O Gabinete da Presidência rapidamente manifestou-se. Na ocasião , além de acusar o recebimento , informou-nos que a "Carta de Londrina" seria enviada ao Ministério do Meio Ambiente por tratar-se de "assunto afeto" àquele ministério.Pois agora , neste início de mês de Agosto , recebemos correspondência do Ministério do Meio Ambiente atendendo a solicitação da Diretoria de Documentação Histórica da Presidência da República. Segundo tal correspondência , "em atendimento à solicitação da Presidência da República", nos foi encaminhada análise técnica elaborada pela Assessoria Especial do Gabinete do Ministro do Meio Ambiente e parecer da Procuradoria Federal Especializado Ibama.
Destinatários Ilustres
A "Carta de Londrina" foi enviada a diversas autoridades federais: ao Ministério da Agricultura, Ministério do Meio Ambiente , deputados federais e senadores. Também a enviamos ao Presidente Lula .Alguns acusaram o recebimento, outros nos responderam , inclusive tecendo comentários.
Troca de Correspondência
Parece antigo , mas temos trocado cartas , mantido correspondência com autoridades federais.Ocorre que há mais ou menos um ano recebemos o deputado federal Moacir Micheleto para que ele proferisse uma palestra na Rural à respeito da reformulação de nosso código florestal transformando-o em um novo código , o código ambiental brasileiro. O evento, prestigiado por sindicatos rurais , cooperativas e produtores lotou o nosso recinto Milton Alcover e ,depois de um intenso debate , decidiu-se pela elaboração de uma carta : a "Carta de Londrina". Foi sugestão do deputado federal Abelardo Lupion e a carta foi feita ao longo da semana com a colaboração de diversos produtores. Sinceramente , o texto final sintetizou bem o pensamento predominante naquela ocasião.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Estamos de volta
Depois de um abandono temporário nas atualizações de nosso blog , estamos de volta. Estivemos no Mato Grosso do Sul , participamos de diversas reuniões no interior de São Paulo e logo mais , à noite , começaremos a lançar as informações por aqui.
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